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Buraka Som Sistema, a despedida [Entrevista]

Os Buraka Som Sistema atuam hoje no Jardim da Torre de Belém, em Lisboa, um concerto que marca a paragem na carreira do grupo. Antes do último espetáculo, Conductor explicou-nos em entrevista quais as razões para esta pausa da banda.

Em 10 anos de atividade, o grupo – composto por Branko, Riot, Kalaf, Conductor e Blaya – andou na estrada e levou o novo som eletrónico da Buraca para todo o mundo, deu concertos e cruzou inspiração, géneros musicais, ideias e projetos com inúmeros artistas internacionais, lançou dois EP’s, três álbuns e dezenas de singles, ganhou prémios nacionais e estrangeiros. Hoje, regressam à cidade que os viu nascer para se despedirem dos fãs.

O Made in Portugal esteve presente no último ensaio dos Buraka Som Sistema antes do derradeiro concerto e no final entrevistou Andro Carvalho, mais conhecido como Conductor, que nos falou desta pausa e do festival Globaile, organização conjunta entre EGEAC, Câmara Municipal de Lisboa e a banda.


Achámos que esta seria a altura certa para pararmos com este projeto e fazermos outras coisas que nos possam enriquecer

Quais as principais razões para terem anunciado uma pausa? Cansaço?
Cansaço não, quem gosta do que faz não se cansa. Também não é estarmos chateados ou fartos uns dos outros, viste agora no ensaio, estamos todos na boa, ninguém está mal com ninguém. Apenas são 10 anos de trabalho, achámos que esta seria a altura certa para pararmos com este projeto e fazermos outras coisas que nos possam enriquecer e possam enriquecer a nossa forma de fazer música.

Ao trabalhar, cada um, em projetos diferentes poderá fazer com que arranjem ideias novas, dado que estão a ter experiências novas, será esse o objetivo?
Exato, também. Pode ser que daqui a algum tempo voltemos, talvez com um formato diferente, não como banda, não sei, está tudo em aberto…

Para além do concerto de despedida, haverá um festival – o Globaile. O que podemos esperar deste festival?
Este festival tem como objetivo não só a nossa despedida, mas também mostrar outros projetos musicais, dar oportunidade a bandas para mostrarem os seus projetos. Diversidade, e fazer o pessoal dançar.

O Globaile é mais uma marca que os Buraka pretendem implementar no nosso país?
Gostávamos que sim. Mostrar às pessoas outros projetos bons que, por um motivo ou outro, ainda não são conhecidos. Não só dar oportunidade de tocarem e mostrarem os seus trabalhos, como as pessoas ficarem a conhecer outros projetos, outras bandas, enriquecer culturalmente e de forma gratuita para que chegue a toda a gente.

Em relação ao concerto de despedida, o que nos podem revelar?
Vamos dar o nosso melhor como sempre.

Qual o momento que mais te marcou nos Buraka Som Sistema?
Não tenho assim um momento que me tenha marcado mais do que outros. O nosso percurso foi sempre natural, as coisas iam acontecendo, não havia muito tempo para pensar nas coisas, apenas usufruir de cada momento como sendo único e dar sempre o meu melhor.

Todos nós temos projetos nos quais já trabalhamos e que temos planeado trabalhar no futuro

A que projetos te irás dedicar futuramente?
No meu caso vou-me dedicar à agência e a uns projetos que tenho ai em mente, como por exemplo um trabalho com a Sara Tavares e claro trabalhar com as bandas da agência. Mas todos nós temos projetos nos quais já trabalhamos e que temos planeado trabalhar no futuro. Desde produção, curadoria, dança… Todos nós temos os nossos projetos futuramente, ninguém está cansado de trabalhar.


GLOBAILE – Horários

PALCO IC19
17h – Kking Kong
18h – Batuk
19h – Dotorado Pro

PALCO KOMBA
20h – Dengue Dengue Dengue
21h – MC Bin Laden
22h – Buraka Som Sistema

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