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Disco homónimo dos Orelha Negra editado em setembro

Samuel Mira (a.k.a. Sam the Kid), Dj Cruzfader, Francisco Rebelo, João Gomes e Fred Pinto Ferreira, músicos que já haviam deixado a sua marca na mais ambiciosa música portuguesa quando resolveram formar os Orelha Negra.

Se no seu álbum de estreia nos ofereceram uma visão completamente nova e singular da mais moderna música urbana pós-Hip Hop, assente numa inesperada dialética entre o sampling via MPC, o gira-disquismo e a orgânica live dos seus intérpretes de exepção, e na exploração da canção que se liberta da sua escrita tradicional (mas que se quer manter canção), produzindo uma das mais históricas obras da nova cena nacional, com largo alcance além-fronteiras, isso não os conformou.

Transportaram a experiência para os palcos com um impacto notável. Deixaram que esse exercício passasse a ter o peso certo no seu processo criativo, levando-os por caminhos que nem eles teriam antevisto. E atreveram-se a estrear em palco a espinha dorsal do seu segundo – ultra amadurecido – longa-duração, antes mesmo de o finalizarem e embalarem para a posteridade, tendo repetido a dose com o trabalho que chega às lojas e plataformas digitais no próximo dia 15 de setembro e que já se encontra em pré-venda.

Nos treze temas que compõem o seu terceiro disco de originais, os Orelha Negra não se afastam um milímetro da sua proposta inicial de redefinirem a música de raiz Hip Hop, tal com deve ser entendida num novo milénio, mas a canção liberta-se, como nunca, das suas amarras.
Sobressai aqui um espírito excursionista, que vai muito para além das questões formais.
Uma espécie de viagem espiritual, carregada de psicadelismo e de libertação cósmica, apresentada, mais uma vez, de forma completamente surpreendente, até porque tanto somos remetidos para a genealogia da Soul – com um enfâse particular no Boogie – como nos vemos a navegar pelo melhor prog-kraut-rock ou pelas memórias contemplativas de narrativas pop baleares.

Quando pensamos que somos capazes de “adivinhar” o que vinha aí, ficamos, outra vez, agarrados às nossas aparelhagens, em repeat, a pensar – “estava à espera de tudo menos disto!”

Orelha Negra - novo disco 2017

Orelha Negra

Tracklist:
01 – NASCENTE
02 – APOLO 70
03 – A SOMBRA
04 – DUAS CARAS
05 – OST
06 – CLAIRE
07 – SOUL2
08 – SKYLAB
09 – FENIX
10 – SANTA ELA
11 – READY
12 – ÚLTIMA VOLTA
13 – PARTE DE MIM

Ficha Técnica:
DJ Cruzfader
Francisco Rebelo
Fred Pinto Ferreira
João Gomes
Samuel Mira a.k.a. Sam The Kid

Música: Orelha Negra
Produzido: por Orelha Negra
Gravado em 2016 e 2017 nos estúdios Meifumado, Ia, Nascer do Som e Namouche.
Misturado por Artur David exceto o tema “Parte de Mim” misturado por Zé Nando Pimenta.
Masterização: Chris Athens.
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