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Entrevista | The Royal Blasphemy “Sempre pensámos ‘Royal’ como uma banda internacional (…) O mercado português é demasiado residual e viciado…”

The Royal Blasphemy surgiram em Abril de 2011 prontos para detonar o rock.

Atualmente estão a preparar o álbum de estreia intitulado “SANATORIUM:FREEDOM”.

Com mais de 20 atuações, o festival Optimus Alive 2012 leva a banda para os principais palcos da Europa, tendo 2013 como ano de tour europeia: “Corruption Across Europe Tour”.

Este ano a banda editou o EP “Prelude for Idiocrazy” já à venda já nas plataformas digitais. 




Made in Portugal: Falem-nos um pouco do vosso percurso. Como surgiu os The Royal Blasphemy?
The Royal Blasphemy: Nós os 4 tocamos juntos há já bastantes anos, não sob a insígnia de The Royal Blasphemy, mas sim nos Urban Tales.
Quando os Urban Tales pararam (definitiva ou temporáriamente, quem sabe?), o vocalista decidiu deixar as lides musicais, mas nós não queríamos parar e demos então início a um novo percurso, mais atual, mais pesado, mais ao gosto de cada um de nós.

MIP: O nome da banda tem algum significado em especial? Como surgiu?
T. R. B.: O nome tem um significado muito nosso, mas é acima de tudo uma referência ao poder político actual, não só em Portugal, mas um pouco por todo o mundo, onde a mentira política é sempre encarada como uma verdade aos olhos da lei…
Somos criticos sociais? SIM!

MIP: Lançaram o EP digital “Prelude for Idiocrazy”. O que pode o público esperar deste EP?
T. R. B.: O Prelude é isso mesmo, uma introdução e uma apresentação da banda, fazendo antever aquilo que temos para mostrar no nosso álbum de estreia e em palco. São 3 temas do álbum, e uma “surpresa” de muitas que o álbum apresentará.

MIP: Estão também a preparar o 1º disco de originais – “SANATORIUM:FREEDOM”. O que nos podem desvendar deste álbum?
T. R. B.: O S:F é provavelmente o álbum que queríamos fazer, nem que fosse por apenas uma vez na vida. É um desabafo em tom de protesto, um retrato social de mentiras, corrupção e a resultante frustração e pobreza.
Os temas foram todos compostos numa postura rock metal agressiva e melódica, com refrões cheios de significado que, esperemos, levem as pessoas a parar para pensar se é realmente esta a vida que querem para si e para os seus…
Dez temas com bastantes convidados e um extra bem forte.

MIP: Já há previsão de lançamento?
T. R. B.: Estamos neste momento a aguardar feedback em relação ao EP digital e a equacionar várias formas possíveis deste álbum, que já se encontra concluído, poder ver a luz do dia.
2014 promete.

MIP: Em 2012 atuaram no Festival Optimus Alive. Como foi a experiencia?
T. R. B.: O Alive foi, sem sombra de dúvida, o ponto mais alto no que toca ao nosso percurso na estrada. O percurso de Royal aínda é curto, e por isso encaramos esse como o primeiro de muitos grandes festivais que iremos fazer pelo mundo.
Gostamos muito dos palcos mais intimistas onde o contacto com o público é mais proximo, mas é nestes palcos que somos verdadeiramente nós!

MIP: Esta atuação abriu-vos outras portas?
T. R. B.: Sim, abriu algumas, sendo a mais importante a da Farol Música, que, pela primeira vez, decidiu apostar em algo mais virado para o rock pesado, uma estreia no cardápio da editora.
A visibilidade destes festivais é tão grande que mesmo algum tempo depois, continuam a abrir-se algumas portas. Desde já o nosso muito obrigado à CM Oeiras e aos Nirvana Studios pela oportunidade de participar no Oeiras Band Sessions 2012, que vencemos e nos permitiu actuar no Alive.

MIP: Para além do disco, que mais planos tem para o futuro?
T. R. B.: Os planos mais imediatos passam pela promoção do álbum na estrada com uma tour europeia que esperamos que comece em breve.
Temos várias ideias para o sucessor de S:F, mas para já as nossas energias concentram-se na divulgação deste álbum e do video-clip para o single de apresentação: “Corruption”, uma obra prima do nosso grande amigo Rui Balão!

MIP: A internacionalização é um dos vossos objetivos?
T. R. B.: A internacionalização é o nosso objetivo. Sempre pensámos Royal como uma banda internacional, não faria sentido de outra forma.
O mercado português é demasiado residual e viciado para que pensássemos sequer numa aposta séria em Portugal, por outro lado, queremos integrar-nos num grupo maior de outras bandas dentro da mesma sonoridade e assim ajudar e poder ter outras oportunidades que em Portugal não existem.

MIP: Como avaliam a aceitação do público em Portugal para com o vosso género musical, rock-metal?
T. R. B.: O público português continua a viver a pequenês de achar que o que vem de fora é que é bom, e que o que é nacional só é bom depois de ser bem aceite lá fora.
Infelizmente esta realidade leva-nos a transportar a mágoa de, não tendo o apoio que sería normal, termos de encarar o público internacional, vivendo o espírito já tradicional nas bandas nacionais do: “Orgulhosamente sós!”.
De resto, felizmente, ao vivo a coisa muda de figura.
Com muito ou pouco público, temos tido uma reação de um misto de surpresa e encanto com as nossas performances, e isso dá-nos força para continuar a lutar.

Acompanhe os The Royal Blasphemy em: facebook.com/theroyalblasphemy
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