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Entrevista | Youthless – a viagem de um mundo antigo para um mundo novo

Sebastiano Ferranti e Alex Klimovitsky fazem parte do projeto português Youthless, que editou no dia 7 de março pela nosdiscos.pt o primeiro álbum “This Glorious No Age”. Este traalho será também editado em Inglaterra no dia 4 de abril pela Club.the.mamoth / Kartel. 

Em entrevista ao nosso site, Alex revelou-nos mais deste trabalho.

O LP traça a viagem de um mundo antigo para um mundo novo para o qual caminhamos

“This Glorious No Age” é vosso álbum de estreia. Do que nos falam as músicas que integram este disco?
As músicas individuais falam de coisas muito pessoais que aconteceram na minha vida (durante um período muito turbulento) e na do Sebastiano mas o disco em si é um álbum conceptual. Tem uma história específica com várias temáticas ressurgentes. Grande parte da temática deste LP é inspirada num pensador chamado Marshal Mcluhen que aborda como as ferramentas que os homems criam moldam a sua sociedade, e muito especificamente, a eletricidade. Por isso o LP traça a viagem de um mundo antigo (em termos do Marshal Mcluhen, o mundo “pré-eléctrico”) para um mundo novo para o qual caminhamos. Como este é nosso segundo trabalho discográfico (depois do primeiro EP Telemachy), e como nós somos um duo, decidimos também esconder os nomes de famosos duos da história de rock dentro dos títulos de muitas das músicas, de forma cronológica, para realçar esta ideia da transição do mundo acústico, ou mundo das leis mecânicas do Newton, para um mundo elétrico, do relativismo de Einstein e da subjetividade das leis quânticas.
Tudo isto é a estrutura conceptual, mas depois as várias temáticas dentro desta estrutura são abordadas de forma muito pessoal. Todas falam de experiências muito pessoais, sobre namoros, mortes, coisas reais que aconteceram nas nossas vidas, mas vistas através desta lente de partida de um mundo para o outro.

Arranjos subtis e sónicos que era algo que queríamos experimentar

Neste álbum contam com várias participações. O que pretenderam trazer ao disco com todas as participações?
Sim, tivemos o Francisco Ferreira (Capitão Fausto, Bispo) e João “Shela” Pereira (LAmA, Riding Pânico) e Duarte Ornelas a tocar teclados, Chris Common (These Arms are Snakes) a fazer algumas percussões e Francisca Cortesão a cantar coros em duas músicas. Foi uma grande dádiva tê-los a todos no disco… acrescentaram muito às composições e mudaram muito o nosso som, até ao ponto de agora levarmos normalmente ou o Francisco ou o Shela connosco ao vivo. Acho que de certa forma eram texturas que eu e Sab sempre ouvíamos enquanto compusémos as músicas, os acordes silenciosos que sentíamos, ou um Pad ou ruído… mas agora materializou-se com os sintetizadores. As músicas mantêem-se muito cruas e completamente baseadas no baixo, bateria e voz (e ainda funcionam bem só assim) mas isto permitiu-nos fazer arranjos subtis e sónicos que era algo que queríamos experimentar.

E como foi a experiência de trabalhar com tanta gente?
Adorámos. Foi como ser uma grande família, cada um traz algo muito específico e lindo ao processo. Não só os músicos mas também as pessoas que nos ajudaram nas gravações, por exemplo com Chris Common aprendemos muito sobre som de baterias e afinações e métodos de gravação. Com Justin Gerrish e Pedro Cruz sobre som e equipamento vintage de estúdio.

Desde o princípio da banda que tocamos tanto lá fora como aqui

Já lançaram o segundo single, “Attention”, em Portugal e no Reino Unido. Tencionam apresentar a vossa música em outros países? A internacionalização é um objetivo vosso?
Sim, desde o princípio da banda que tocamos tanto lá fora como aqui, especialmente no Reino Unido onde já lançámos por várias editoras, mas também na América do Norte, Espanha e Itália. De momento temos um tour em Inglaterra organizada pela nossa editora inglesa que também vai lançar o LP em abril.

O videoclip de “Attention” é como que um pseudodocumentário. Como surgiu essa ideia para o vídeo? E como foi a experiência?
Foi uma ideia que tivemos juntos com nosso amigo e realizador Marco Espírito Santo. Gostamos muito do género pseudodocumentário (por acaso estávamos a ver pedaços de “C’est arrivé près de chez vous” como referência, éum filme fantástico para quem nunca o viu). A música fala das ansiedades e esperanças que de momento temos como sociedade, sobre o futuro, por isso pensámos que era giro falar com pessoas reais por todo o país e ver quais eram os medos ou ideias concretas sobre o futuro. Mas queríamos mostrar isso de uma maneira visceral, mas sem perder o lado metafórico e simbólico da letra.

Apresentam o álbum dia 11 de março no Musicbox, em Lisboa. O que podemos esperar desse concerto? Haverá convidados?
Sim, muitos convidados. Francisco Ferreira e João Pereira nas teclas, mais Guillermo Landin, o baterista da nossa primeira banda, Three A Quarter, e ainda música de Jiboia, LAmA e Octa Push. Vai ser uma grande festa!

O que desejam para o futuro dos Youthless?
Puder pagar a renda e gasolina à vontade.

# CONCERTOS DE APRESENTAÇÃO

– 11 de Março, Musicbox, Lisboa
– 12 de Março, Maus Hábitos, Porto
– 18 de Março, Texas Bar, Leiria
– 19 de Março, Salão Brazil, Coimbra
– 1 de Abril, Stairway Club, Cascais
– 15 de Abril, Pouca Terra, Barreiro
– 16 de Abril, Play-Doc, Galiza
– 23 de Abril, Fnac Braga
– 23 de Abril, Convento do Carmo, Braga

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