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smartini «A evolução que a música levou fez-nos pensar que estávamos “fora”»

Os smartini, banda oriunda de Caldas das Taipas, afastada da cena indie desde 2009 está de volta! Estivemos à conversa com a banda que nos falou deste regresso ao panorama alternativo português e dos projetos para o futuro.

smartini - Liquid Peace

smartini

smartini — «A evolução que a música levou fez-nos pensar que estávamos “fora”»

Volvido algum tempo após a edição do vosso último trabalho estão de regresso com novas músicas. Porque razão só agora voltaram às edições e apresentam novos temas?
Existem características que são inerentes à nossa formação enquanto banda. Somos talvez perfecionistas, parcimoniosos na composição, exigentes no processo e por isso o produto final torna-se demorado. Por momentos a evolução que a música levou, fez-nos pensar que estávamos “fora” e embora nunca fosse esse facto que nos demovesse e nos impedisse de trabalhar, contribuiu para que nos voltássemos para “dentro”, e como que num processo autista nos fechássemos. Foi um período de produção de igual forma, pois hoje temos registos daquilo que se podem chamar “embriões musicais”, ou “ideias na gaveta” e que serão a base do que futuramente iremos apresentar. Parece que o tempo está agora a nosso favor, e assim, os smartini poderão agora com Liquid Peace, mostrar o que sempre foram.
Claro que a vida familiar e profissional intensa de cada um, também teve a sua cota responsabilidade neste hiato temporal, mas com uma gestão cuidada das nossas agendas, queremos muito ficar presentes no panorama alternativo da música portuguesa, fazendo aquilo que mais gostamos.

smartini — «Liquid Peace apresenta uma sonoridade idêntica ao que somos ao vivo»

O que distingue as músicas deste EP às do “Sugar Train”?
A formação da banda é a mesma, no entanto houve mudanças em alguns aspetos. As influências vão sendo as mesmas, apesar de sermos permeáveis às sonoridades que vão surgindo no panorama musical. A diferença reside essencialmente no facto deste trabalho refletir mais aquilo que somos. “Sugar Train” teve um trabalho de produção elaborado e apesar da boa crítica, nunca conseguiu demonstrar aquilo que pretendíamos transmitir. Isso deixou algum desconforto na banda. Neste ponto, “Liquid Peace” apresenta uma sonoridade idêntica ao que somos ao vivo e no nosso constructo do que idealizamos como banda.

Quais as vossas principais influencias na composição destes novos temas?
Ao longo dos anos, alguma critica tem escrito textos interessantes sobre nós. A sonoridade do nosso primeiro álbum “Sugar Train”, deu origem a várias designações. Locomotiva sónica pareceu-nos muito feliz e bem conseguida e por isso a reproduzimos por vezes nos nossos textos. A associação a bandas americanas é evidente. Projetos longe dos “mainstream” mas derivados de arquétipos alternativos tem sido também muito importantes para nós.

smartini — «A preparação do álbum avizinha-se»

Este EP é o avanço de um álbum que está a ser preparado? 
A preparação do álbum avizinha-se. Não tem data marcada porque dependerá naturalmente da evolução das composições. Procuraremos apresentar neste álbum, à semelhança do EP, uma diversidades de temas.

Na sequência de concertos que têm vindo a fazer, irão atuar a 16 de dezembro no Sabotage Club, em Lisboa. O que pode o público esperar desse e de outros concertos que venham a realizar?
Será um momento natural. Não somos uma banda de larga experiência, mas também não somos uns novatos. Sabemos pela experiência do passado que só conseguiremos estar a 100% em palco no momento em que forem dados concertos com alguma regularidade. Neste concerto, serão apresentados os 4 temas de “Liquid Peace”, e serão ainda revisitados alguns temas reformatados.

Para 2017, qual o principal objetivo?
Tocar em muitos e bons palcos e talvez a edição do álbum.

smartini — «Nunca se produziu tanta música e de qualidade em Portugal como agora»

Como definem atualmente a música em Portugal?
Nunca se produziu tanta música e de qualidade em Portugal como agora. Os géneros emergentes no panorama alternativo parecem ter sofrido naturais mutações, também fruto de influências externas. Os smartini, não fogem à regra e também têm sido permeáveis às novas ondas, mantendo-se no entanto fiéis às influências.

Acompanha os smartini em: https://www.facebook.com/smartinimusic

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