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Entrevista | O Martim



“O Martim” nasce como confessionário-pop de Martim Torres, um jovem (contra)baixista com cartas dadas em paragens como as de B Fachada, Homens da Luta, e diversos projectos de Jazz. Muitos o conhecerão também como uma das metades da infame dupla “Maria Amélia”, presença habitual no programa 5 Para a Meia Noite.
“Banho Maria” é o primeiro disco d’O Martim a ser editado a 28 de Janeiro. Em entrevista o O Martim desvenda um pouco mais do disco.

Made In Portugal: Para quem não conhece, apresenta o Martim.
Martim: O Martim é uma banda, composta por António Quintino no baixo, David Pires na bateria,  Iris Sarai nas teclas e pelo Martim na guitarra e voz. Começou por ser um projecto individual meu, mas agora é, como diria o David Pires, “uma concretização, uma realidade”. Tocamos canções escritas por mim mas com arranjos nossos. Já me disseram que a banda é indie, mas se eu tivesse que escolher talvez lhe chamasse pop, apesar de gostar muito de ritmos a abrir e de distorção em todo o lado.

MIP: «Em banho Maria» é o nome do teu disco de estreia. Este disco já estava há muito tempo em “banho maria” ou surgiu de um momento para o outro?
Martim: Pode-se dizer que já estava há algum tempo em “banho maria” já que o disco foi gravado no início de 2012. Depois ficou um tempo na prateleira (ou no meu disco externo para sermos mais precisos) e só no fim do ano passou pelas mãos do mestre Eduardo Vinhas nos estúdio Golden Pony para levar a mistura e masterização finais. O disco acaba por ser um apanhado das primeiras canções que escrevi, e que gravei com o David Pires em minha casa. O título refere-se a isso mesmo, ao facto de ser o meu primeiro, de ainda me estar a descobrir, como se estivesse a cozinhar, em banho maria, claro.

MIP: Vamos inverter papeis: és fã de Martim e ouves o disco. Que avaliação fazes do mesmo?
Martim: Acho que já ouvi demasiadas vezes estas canções para conseguir ouvir o disco de maneira imparcial. Quando se grava um disco queremos trabalhar as músicas e melhorá-las ao ponto de (aos nossos ouvidos) ficarem perfeitas, tal e qual como nós as queremos. Por isso eu agora fazer a avaliação do disco seria injusto, uma vez que estou muito satisfeito com o resultado final.

MIP: O que se pode esperar de Martim no concerto de apresentação do disco, no dia 8 de Fevereiro, no Ritz Clube em Lisboa?
Martim: É um concerto fundamental, o primeiro concerto “grande” da banda. Este concerto vai contar com a participação de muitos convidados, entre os quais um naipe de sopros fortíssimo, formado pelos senhores Diogo Duque, Conguito e Tony Bruheim. Eu e o António Quintino estivemos a escrever arranjos novos para as canções, e vamos também tocar músicas inéditas. Algumas novas e outras mais antigas minhas que nunca foram tocadas ao vivo.

MIP: Quais as tuas influências musicais?
Martim: Durante muito tempo estudei jazz, que sem dúvida foi e continua a ser grande parte da minha vida. Mas passando por diferentes fases já tive pancas por montes de géneros diferentes. Quando era mais puto só ouvia punk rock e ska, Mad Caddies, NoFX, Greenday… Depois tive a panca pelo funk e disco, até cheguei a ter uma banda de tributo a jamiroquai. Sou grande fã do rock que se faz em Portugal hoje em dia. Adoro a malta da florcaveira, o Tiago Cavaco, o Samuel Úria, os Pontos Negros… Depois claro, os senhores Rodrigo Amarante e Marcelo Camelo. Adoro música brasileira, não consigo passar uma semana sem ouvir Chico Buarque.

MIP: O que ambicionas no mundo da música?
Martim: Continuar a tocar. Crescer como músico e escrever mais e melhores canções.

MIP: Como defines actualmente a música em Portugal?
Martim: Acho que estamos numa fase boa. Na verdade sempre estivemos. Eu acho que sempre se fez boa música em Portugal. Ainda hoje gosto de ouvir canções do quarteto 1111 ou do Zeca. Nestes últimos anos começaram a aparecer imensas bandas novas  interessantes e de todos os géneros. Estamos a crescer e estou certo que o futuro só vai trazer coisas ainda melhores.

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