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Entrevista | The Walks – mais consistentes e artisticamente adultos com «Fool’s Gold»

Com um caminho cada vez mais traçado para uma sonoridade original, mostram-se mais consistentes e artisticamente adultos. ‘Fool’s Gold’ é o espelho disso mesmo, pujante, o disco entra no ouvido sem pedir licença. Para aqueles que identificaram a força do grupo em “R”, o novo trabalho não desilude, é direto àquilo que interessa, sem rodeios ou grandes floreados. Liderados por uma inegável musculatura das guitarras, os temas são conduzidos pela densidade cativante do baixo que, sensualmente, se contorce nos meandros da bateria, e em que a voz se continua a afirmar como uma das marcas mais vincadas na personalidade da banda.

Quem são os The Walks? Como se definem?
De forma resumida, consideramos The Walks um grupo de amigos com pontos de interesse diferentes mas com ambições musicais comuns.

o álbum mostra outro tipo de registos com os quais também nos identificamos

‘Fool’s Gold’ é o vosso mais recente disco. Falem-nos um pouco das músicas que integram este novo álbum.
À semelhança da direção seguida no EP de apresentação, queríamos que o registo fosse o mais honesto possível. ‘Fool’s Gold’ é o reflexo do trabalho criativo da banda desde o início até à fase de gravação e de certa forma marca a construção da nossa sonoridade. As músicas que o compõem fazem parte de todo esse percurso. Não desvirtuando o que já havíamos apresentado no EP, o álbum mostra outro tipo de registos com os quais também nos identificamos e que ampliam um pouco o espectro daquilo que já era conhecido.

De que influências se serviram para compor os novos temas?
Tentamos que pela intervenção de todos, as influências individuais de cada um se espelhem nos temas que criamos. É natural que nas diversas fases em que fomos compondo os temas as sonoridades que ouvíamos e explorávamos fossem diferentes, o que acaba por se reflectir obrigatoriamente nas faixas do disco. Numa fase inicial parecia que tudo andava a meio caminho entre o r&b, o rock e o garage, mas os temas mais recentes acabam por apontar noutras direções.

Porque denominaram o álbum como ‘Fool’s Gold’?
Ao longo do disco é fácil identificar um denominador comum na composição escrita e nas mensagens transmitidas. ‘Fool’s Gold’ é a expressão que melhor resume esse estado de inquietude. O artwork escolhido para a capa do disco acaba por ilustrar isso de forma satírica.

Quanto a concertos de apresentação oficial do disco, haverá brevemente novidades?
A nossa intenção é divulgar o disco no maior número de concertos possível. Para já estão programadas as apresentações em Lisboa (9 de 0utubro), Coimbra (10 de 0utubro) e Porto (ainda sem data confirmada). Todas as novas datas serão divulgadas na nossa página de facebook – facebook.com/thewalksband.

as expetativas têm sido superadas

Apesar de ainda curto, estão satisfeitos do caminho que tem vindo a percorrer? As coisas tem estado a correr como pensavam?
Sem dúvida. Desde o primeiro ensaio que a ideia era sair da garagem. Sabíamos que havia potencial e que as coisas poderiam correr bem, mas felizmente as expetativas têm sido superadas.

Que ambições têm para o futuro da banda?
Não colocamos limite ao que fazemos e por isso a ideia é sempre conseguirmos superar o que já fizemos e fazer mais e melhor. Se conseguirmos seguir esta linha de pensamento estamos preparados para enfrentar o futuro, apresentar o álbum, receber críticas e pensar nos novos trabalhos sem qualquer receio ou hesitações.

Para os que ainda tem dúvidas, deixem uma razão para ouvir / adquirir o vosso álbum.
Por ser o nosso primeiro álbum, é o nosso trabalho mais “inocente”, livre de segundas intenções ou pretensiosismos. Há pouco referimos a ideia de construção da sonoridade inerente ao disco e às diferenças estéticas dos temas. Quando partimos para a gravação/produção do disco tínhamos algumas dúvidas se obteríamos um resultado final coerente, no entanto, acabámos por ficar surpresos. Honestamente achamos que essa é uma das razões mais fortes para o ouvir.

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