Era quinta-feira, era meia-noite e os The Black Mamba subiram ao palco para festejar o primeiro aniversário do seu primeiro, e único até agora, àlbum.

Vamos primeiro deitar cá para fora as amarguras.
O concerto que estava marcado para perto das dez da noite começou à meia-noite. Eu nem sou nada de me chatear com essas coisas, mas mais de uma hora de atraso parece-me excessivo.
Mas eu que sou um gajo porreiro dou segundas oportunidades e decidi ouvir de que forma os The Black Mamba me recompensavam pela espera. Assim sendo, escutei e escutei com atenção.
E a verdade é, Black Mamba, estão perdoados.

O concerto não sou incluiu os membros da banda, mas que trouxe convidados que deram outra cor e outro ritmo ao concerto que celebra o primeiro aniversário do álbum do projeto que junta Pedro Tatanka na voz e na guitarra, Ciro Cruz no baixo e Miguel Casais.
Este projeto que junta gente com cartas dadas no panorama musical português assenta, para quem não o conhece, em ritmos funk, soul e o blues, áreas que como já falámos aqui andam escondidas da luz da ribalta dos palcos principais em Portugal.

A verdade é que os The Black Mamba, tal como a sua homônima, mordem.


Os seus ritmos são fortes e sabem puxar pelo público. Pedro Tatanka gosta de dar nas vistas e de trazer para os palcos aquele falta de pudores que caracteriza a história do soul, do funk e do blues.
Ele fuma em palco, ele é espampanante, mas tudo isso encaixa no estilo e na festa que esperamos com estes estilos musicais.
Passando por temas do seu álbum de lançamento, homónimo, os The Black Mamba apresentaram também temas clássicos do blues.
“But first things first”, os The Black Mamba quiseram passar uma lembrança do seu menino, o àlbum que os tirou das covers e os colocou como autores, por isso, “It Ain’t You Baby” e “Canção de Mim Mesmo”, os dois singles mais conhecidos do álbum não puderam deixar de contar da playlist.
Mas este concerto foi composto também pelos amigos que foram conhecendo ao longo da sua carreira e que os The Black Mamba decidiram trazer para cima do palco.

Primeiro veio Virgul (Nu Soul Family) que abanou a anca e pôs toda a plateia a fazer o mesmo.
Depois foi Udi, uma voz do funk e do blues brasileiro que aproveitou para agradecer e publicitar que iria estar no Espaço Brasil no dia 29 deste mês.
Por fim foi MC Zuka que veio fazer umas rimas e agradeceu à banda a amizade que sempre demonstraram.

Foi um concerto de ritmos quentes que ajudou a aquecer uma noite fria.
Esperemos que em breve os The Black Mamba apresentem mais do que sabem fazer… assim
ficou prometido por Pedro Tatanka.