No seu surpreendente álbum de estreia a solo, “Chi-Coração”, a cantora, multi-instrumentista, compositora e letrista Bia abraça a herança das ilhas em que nasceu e cresceu, os Açores, as suas raízes, a sua poesia, as suas memórias e a sua música tradicional, mas também passa por muitas outras músicas por onde já antes tinha navegado. Na música e nas palavras cantadas por Bia (Beatriz Noronha) cobre-se o capelo e descobre-se o basalto, cheira a hortênsias e aos vapores das Furnas, sente-se a brisa do Atlântico e pressentem-se as brumas da Atlântida.
Entre a paixão pela tradição e uma constante modernidade — oiça-se, por exemplo, “Monopólio”. (o primeiro single a retirar do álbum)
Biografia:
Bia pisou um palco pela primeira vez com cinco anos e com seis anos já cantava com o Coro e com o Grupo Folclórico do Colégio na ilha que a viu nascer, São Miguel, no arquipélago dos Açores.
Iniciou os seus estudos de guitarra com dez anos e investiu também em aulas de ginástica rítmica, sapateado e dança. Foi aos 14 anos que assumiu profissionalmente a sua actividade de cantora, tendo participado em vários projectos musicais, de covers e originais e fazendo inúmeros concertos pelas ilhas e continente.
Na altura em que viveu nos Açores, Bia também cantava nos bares locais, adquirindo uma experiência musical que depois viria a desenvolver em Lisboa. Sempre ligada ao Jazz e à música tradicional, foi aos 18 anos que viajou para Lisboa para estudar Arquitectura, curso no qual se licenciou mais tarde, e durante esse período estudou canto e piano para aprofundar os seus conhecimentos na área. Foi nessa altura também que fundou a Arquitectura, tendo sido sua regente durante alguns anos e onde se veio a interessar por outros instrumentos de cordas tais como o cavaquinho e o bandolim, e explorou arranjo e composição. Escreveu as canções originais da tuna e ainda hoje mantém uma relação com a mesma. Dividindo-se entre os estudos de música e arquitectura e umas idas às jam sessions dos bares lisboetas, partilhou o palco com diversos músicos das mais variadas áreas da música.
Corria o ano de 2005 quando Bia ingressou a banda Xaile, com quem viria a lançar o álbum homónimo em 2007, o que a fez pisar inúmeros palcos tanto em Portugal como no estrangeiro.
A partir de 2010 Bia começa a interessar-se pelo ensino da música acreditando na importância da iniciação musical na primeira infância, leccionando em diversas escolas, criando oficinas, ateliers e workshops para pais e filhos. Leva ainda esta sua vertente pedagógica às pediatrias dos hospitais da área de Lisboa com regularidade, através de sessões da Hora da Música como voluntária na Fundação do Gil.
Com uma vasta experiência musical e diversas participações, é em 2011 que Bia inicia a produção do seu álbum de estreia a solo, onde após 3 anos e meio de intenso trabalho, investigação, partilha e tertúlia com os seus pares, e em conjunto com o seu amigo de longa data Rui Filipe, explora as suas raízes, referências e experiências, assinando ainda algumas das canções, num disco
– “Chi-Coração” — que estará à venda a 9 de Fevereiro e é Disco Antena 1.
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