Les Crazy Coconuts fazem-nos ter fé na produção nacional
O disco homónimo da banda de Leiria viaja entre o Pop/Rock, o Indie e até territórios mais dançáveis. O percurso de 8 temas é introduzido por um “Hello” que em 8 segundos dá o mote de partida e logo em “Belong” (primeiro single) ficamos agarrados a um riff contagiante e que nos faz querer abanar o corpo ao som deste ritmo. ”Words Unsaid” baixa o ritmo mas não a qualidade num mid-tempo sobre o desconhecido, enquanto que “Speed Shoes” regressa ao ritmo contagiante (nem de propósito foi eleito o segundo single).
“Myself” é orgânico e vive de sons de teclados e sintetizadores que dão o ambiente perfeito para este tema. Já “Define” continua a temática do individuo, com o seu tom grave a conduzir a melodia na companhia de uma bateria energética. Sem qualquer intervalo “Human Radio Station” é como que um interlúdio ou corredor entre músicas, em que o discurso radiofónico sobre sons ambientes abre o mote para “Party Dancer” um loop cheio de energia que traz ao disco uma faceta mais dançavel. Quase que épico “Sailermoon” é um fadeout com uma guitarra distorcida e que leva ao jazzy “Closing Credits” que qual clube em fim de festa se ouve tocar saxofone em free style.
Dos temas do disco apenas um ultrapassa os 4 minutos o que os torna facilmente elegíveis para as playlists das rádios. Fáceis de ouvir, curtos, diretos, têm o que é preciso para agarrarem os ouvintes do primeiro ao último segundo, fazendo deste disco um ótimo prenuncio para a carreira dos Les Crazy Coconuts.
Texto: Pedro Pico
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