Depois de em Março terem dado a conhecer “Doutros tempos”, o primeiro original a ver a luz do dia depois de um hiato de 12 anos, chega agora a vez de “O Sangue” que, nas palavras de Maze, “simboliza a nossa total entrega à arte de viver, à palavra, à nossa essência há quase 30 anos, o sangue é a família.” O músico e escritor, que integra o coletivo desde a sua formação original, acrescenta “A música é uma afirmação da escrita enquanto acto vital e espiritual, onde a caneta é extensão do corpo e da mente, mas também da luta, da herança e do amor profundo à cultura.”
Os Dealema prometem continuar a revelar o alinhamento do novo disco até à data do concerto de celebração de 30 anos de carreira, agendado para 20 de Fevereiro de 2026, no Coliseu do Porto. Os bilhetes já podem ser adquiridos nos locais habituais.
Dealema – O Sangue [LETRA]
Desbravo a noite escura, busco luminusidade ,cada linha minha é uma busca pela liberdade,
só falo a verdade
E a verdade te libertara
Cresci com os gunas
Testemunhas de Jeová
linhas sinceras, vivi a realidade, filho de deus , cresci na era da tempestade,
bandido lírico Num mundo sem lei,o sentimento é crítico
Num uno dealema 5 tas com delay,
Respeito é conquistado não é dado de bandeja,Cada verso é uma oração uma pleja,
Rezo na igreja
Ando nas ruas na sombra dos antepassados,Revoltas e insurreições nos olhos dos maltratados
Na selva Urbana busco a libertação,
Pena Escrita permanente e gravada na frustração,
A folha rasgada
Revela o osso fica a cicatriz,
Tinta derramada pelo sangue do nosso pais
Escrevemos pela vida!
O sangue que nos corre pelas veias é tinta,
Desde o ponto de partida,
O sangue que nos corre pelas veias é tinta,
Como se não houvesse amanhã!
És da Era com muita pinta pouca tinta na caneta muita finta alguém que sinta esta equipa é como um cometa,
passamos uma vez na vida cruzamos a atmosfera,
o trânseda escrita vivida na alma que voucifera,
quem me dera que tudo fosse como um fosso para conheceres a fundo como a vida é agridoce assim que pisas este mundo,
deste me 1 motivo válido num quadro pálido cálido é o que escrevo,
se és inválido pousa a caneta sai vê como o império cai como uma mãe que cria um filho aqui não há pai!
O poeta vai honrar a escrita como um samurai diferenciada e única como obras no Dubai,
ser delemático lunático multitomático subterrâneo tal e qual lençol freático,
catedrático o coletivo martela cabeças de martelo pneumático
Escrevemos pela vida!
O sangue que nos corre pelas veias é tinta,
Desde o ponto de partida,
O sangue que nos corre pelas veias é tinta,
Como se não houvesse amanhã!
A chave da saída, faísca criativa
Escrevemos pela vida, sem dúvida
Palavra é dádiva, a escrita é emotiva
Sativa, activa a língua nativa
Ignição, o coração é vórtice
Conexão, ligação directa ao córtice
O amor à Arte supera misérias
Humor escarlate ferve nas artérias
A rima verte da clepsidra egípcia
Transfusão de hemoglobina lírica
Desde miúdo, com conteúdo
Sob pressão, aerossol como expressão
O sol brilha, dar o litro a cada linha
Em prol da prole, pelo futuro da minha filha
A voz é livre, vive sem preconceito
É Dealema, tatua no peito
Escrevemos pela vida!
O sangue que nos corre pelas veias é tinta,
Desde o ponto de partida,
O sangue que nos corre pelas veias é tinta,
Como se não houvesse amanhã!
Pensamento é soco forte como fogo em Shaolin
Como o sangue…que escorre pelo aço é flamejante
Entretém-te e vem-te enquanto o mundo arde
Hecatombe cultural, estado de calamidade
Focado na revolução mental esperto como Espártaco
Fusão num mundo à parte ectoplasma Dealemático
Poeta nunca morre, imortalizo uma canção
Não escolho a morte, escolho a vida em mais uma sessão
Informação ao núcleo ainda bate no tambor
Chavalo que não esquece o bairro vá para onde for!!!
DLM – escrita é clube de combate
Temos fãs como canais por baixo da tua cidade
Desde 1996 no sangue, fiz a tropa no 2º piso ao som de wu-tang
Eu escrevo pelo amor…pela dor…pela fome
Porque a força que há em mim é enorme
Escrevemos pela vida!
O sangue que nos corre pelas veias é tinta,
Desde o ponto de partida,
O sangue que nos corre pelas veias é tinta,
Como se não houvesse amanhã!