Pouco mais de um mês depois de terem revelado nas suas redes sociais o lançamento do seu primeiro disco, chegou hoje (dia 20 de novembro) às lojas o muito aguardado “Idade dos Inquietos”, o primeiro álbum de originais dos ÁTOA, grupo que é um dos maiores fenómenos recentes da música portuguesa.

Estivemos à conversa com um dos elementos do grupo ÁTOA,  Guilherme Alface, que nos desvendou um pouco mais deste primeiro trabalho da banda. 

Sentem-se na idade dos inquietos? Por esse motivo intitulam o disco com este nome?
Sim, claro que sim. Mas “Idade dos Inquietos” tem dois significados diferentes. Um para o nome do álbum e outro para a música, mas que acabam por se conjugar um com o outro. Achámos que se adequava ao nome do álbum pelo facto de sermos rapazes de 18, 19 anos e por andarmos naquela fase de adolescentes, de querermos curtir a vida. Quanto à música, é um tema que fala muito dos anos 90 e nas cassetes VHS, dos pokémons e de outras coisas daquela época. Em suma, é uma escolha não só pelas idades mas também pelas vivências que já tivemos.

É um disco bastante variado, com diferentes temas e diferentes estilos

O que nos podem revelar do disco? Como o definem?
É um disco bastante variado, com diferentes temas e diferentes estilos. Como nós costumamos dizer é um disco em que nós tentamos agradar a gregos e troianos. É também uma imagem do que são os ÁTOA, como o próprio nome diz nós não temos um estilo exato, é tudo um pouco á toa.

ÁTOA “Todas as canções são originais e em português”

ÁTOA

Os temas que integram o disco foram todos escritos e compostos por vós? Como funcionou esse processo?
Os temas do álbum foram todos escritos pela banda, principalmente por mim (Guilherme) e pelo João. São temas que relatam muito as nossas vivências e são temas também com algumas mensagens que queremos transmitir e esperamos que as pessoas se identifiquem com elas. Todas as canções são originais e em português.

De que influências se serviram para a composição das canções? Quais foram as vossas referências?
Há muitas… Nós gostamos muito da calma do Alentejo e da inspiração que nos transmite. Temos músicas que demoraram um mês a fazer outras que fizemos em 2, 3 dias. Para além da importância do Alentejo, identificamos nos com outros artistas como o António Zambujo, o Miguel Araújo, também com o hip-hop… Temos uma grande característica que é o facto de termos três vozes e sendo nós alentejanos acaba também por retratar um pouco do cante alentejano.

Existe muitas expectativas em torno do vosso disco, a prova é o facto de o tema “Distância” já ter ultrapassado as 800 mil visualizações no youtube. Pergunto, estão ansiosos para saber o feed back das pessoas?
Sim, bastante ansiosos. O facto do tema “Distância” ter tido maior feed back surpreendeu-nos bastante porque somos uma banda com pouco tempo de existência, estamos no mercado desde abril e para nós tem sido uma evolução bastante rápida. Dá trabalho, trás responsabilidades, mas é gratificante.

ÁTOA com a cantora Jessie J

ÁTOA “Foi uma experiência incrível, incrível mesmo”

Como foi a experiência de atuar no Meo Arena, na primeira parte do concerto da Jessie J?
Sentimo-nos totalmente lisonjeados e gratos por abrir o concerto de uma artista internacional e logo no Meo Arena. Foi uma experiência incrível, incrível mesmo. Subimos ao palco com a atitude de nos divertirmos e divertir as pessoas que lá estavam e penso que conseguimos. Porque apesar de na altura as pessoas ainda não conhecerem os ÁTOA sentimos que as pessoas se divertiram connosco. Quem sabe um dia voltaremos lá, seria muito bom sinal.

Apesar de se chamarem ÁTOA, não querem certamente, andar á toa no mundo da música, pergunto quais as vossas ambições para o futuro da banda?
O nosso principal objetivo é fazer o que gostamos. O que nos deixa felizes é pisar o palco, divertir as pessoas e que elas se identifiquem com as nossas músicas. Esperemos que as pessoas, não quer dizer que seja já, se identifiquem connosco e que cantem connosco as nossas músicas, mesmo sem ser preciso nós as cantarmos.

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