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Entrevista | Mary N «Quero inspirar e motivar raparigas como eu a fazerem música»

Mary N é de Lisboa tem vinte anos e um talento único para a música! Canta, toca guitarra, mas não é apenas mais uma cara bonita por de trás de uma guitarra a fazer vídeos para o YouTube. É a Mary N quem compõe as suas músicas e toca guitarra como muitos gostavam. 

Estivemos à conversa com esta jovem talento da música nacional, que se encontra a preparar o seu disco de estreia. 

Mary N - Don't Wanna Hear You feat. D8

Para quem ainda não te conhece, apresenta-te. Quem é Mary N?
Chamo-me Mariana, sou de Lisboa, tenho 20 anos e a minha grande paixão é a música. Sou compositora, escritora e intérprete das minhas canções. Escrevo sobre as minhas experiências de vida, mensagens que quero transmitir ou sentimentos. Sou autodidata e multi-intrumentista, sendo a guitarra o meu instrumento de eleição e onde tenho maiores conhecimentos e técnica. Gostava que as pessoas se identificassem com a minha música e que as ajudasse de alguma forma.

é preciso ter-se paciência, paixão pelo que se faz e sobretudo nunca desistir do que realmente se quer

Como foi o teu percurso até à edição do teu primeiro single? Foi uma caminhada difícil?
Ganhei o “bichinho” da música muito cedo, fazia bandas com os meus amigos e tentávamos escrever algumas coisas, mas tudo não passava Mary Nde uma brincadeira. Nesse mesmo tempo insisti bastante com os meus pais que queria uma guitarra, mas não me queriam dar, pois pensavam que seria apenas uma fase. Finalmente, aos 10 anos recebi a minha primeira guitarra, e tive aulas durante 2 anos. A partir daí fui uma autodidacta, e para além da guitarra, comecei a aprender sozinha piano, bateria e baixo. Por volta dos 14/15 anos comecei a compor as minhas próprias músicas, apenas para mim, e, entretanto, fui desenvolvendo o canto. Por fim, aos 16 anos, decidi partilhar as minhas músicas numa audição para a minha produtora atual. Houve um processo de amadurecimento, aprendizagem, alguns obstáculos pelo meio, e agora surgiu a oportunidade e achei que fosse uma boa altura para lançar o meu primeiro single. Até agora o caminho não tem sido fácil, e acredito que ainda fique mais difícil. Existe muito trabalho por trás, muitas horas a tocar, muitas horas a compor, muitas situações que não são como queremos e que temos de aprender a aceitar. Assim como na música ou qualquer outro trabalho, é preciso ter-se paciência, paixão pelo que se faz e sobretudo nunca desistir do que realmente se quer.

És uma pessoa multifacetada. Tocas guitarra, baixo, piano e bateria. O teu single de estreia é todo tocado por ti. O que te levou a tocares todos estes instrumentos? Para que ficasse na totalidade, tal como o idealizaste?
Eu gosto de fazer sempre uma maqueta de qualquer música que faça no computador, para apresentar à produtora, já com uma ideia de produção e de como eu gostava que a música ficasse. Tendo estes conhecimentos é bastante mais fácil transmitir às pessoas, com quem eu trabalho, como é que eu gostava que a música ficasse, e sempre que puder, vou fazer questão de ser eu a tocar o que conseguir, para ficar o mais próximo possível de como a idealizei, que foi o caso deste single.

“Don’t Wanna Hear You” conta com a colaboração de D8. Como surgiu essa colaboração?
Compus esta música na altura do D8 no Factor X, e ele foi a primeira pessoa que eu idealizei para ficar com ela, mas fui deixando o tempo passar e acabei por deixá-la em “Stand By” e continuei a fazer mais músicas. Mais tarde, voltei a ouvi-la e achei que tinha potencial para um primeiro single e decidi avançar e ficar eu com ela, e pensei que fosse giro convidar o D8 a entrar também na música. Contactei a minha produtora, eles conseguiram fazer chegar a música até ele. Ele gostou, aceitou, e hoje já posso dizer que o single já está disponível para quem quiser ouvir!

Sempre me senti um pouco desprezada ou gozada quando dizia que tocava guitarra

Foste quase que obrigada a divulgar um vídeo onde comprovavas que tinhas sido tu a tocar o solo do teu single. Ainda há muito o ‘olhar de lado’ ao ver raparigas tocar guitarra. Um dos teus objetivos é mudar esse estereótipo?
Mary N 2Mudar completamente penso que será muito difícil, mas sim, irei tentar contribuir para “quebrar” um pouco esse estereótipo. Sempre me senti um pouco desprezada ou gozada quando dizia que tocava guitarra e que gostava de fazer mais do que uns simples acordes. Nunca fazia questão de dizer a ninguém, nem às vezes quando me perguntavam o que fazia nos tempos livres, dizia só as coisas normais, como ir ao cinema, ler, estar com amigos, nunca tocava no assunto da música, apenas porque me indignava saber que fazia mais do que as pessoas pensavam, e eu sou uma pessoa que odeia injustiças e aquilo para mim era super injusto, porque não tinha maneira de mostrar que toco, escrevo, e componho. Hoje, com as redes sociais é muito mais fácil, daí ter aproveitado para fazer esse vídeo onde toco o solo de guitarra, e tiro as dúvidas todas, e sempre que surgirem mais, terei todo o gosto em partilhar mais vídeos como este. Sei que hoje em dia existem cada vez mais raparigas a tocar tão bem instrumentos como os rapazes, e quero contribuir para inspirar e motivar raparigas como eu a fazerem música e a mostrarem o seu trabalho.

O álbum vai ter uma sonoridade pop/rock

Para 2016 estás a preparar o teu primeiro álbum? O que nos podes já desvendar?
Sim, irei estar nos próximos tempos concentrada em estúdio a trabalhar no meu álbum de estreia que sairá em 2016. Até lá pode ser que saiam algumas músicas. O álbum vai ter uma sonoridade pop/rock. Estou ansiosa para mostrar mais de mim, e espero que as pessoas gostem e se identifiquem. Não vos posso desvendar mais do que isto, mas podem estar a par de todas as novidades e de tudo que vou fazendo através das redes sociais como o facebook, instagram, twitter, etc.

Ansiosa para tocares as tuas músicas em palco?
Tenho feito alguns showcases onde mostro alguns originais, mas é diferente e difícil tocar músicas que as pessoas nunca ouviram antes. Por isso, sim, estou ansiosa de tocar as minhas músicas em palco, de preferência quando as pessoas já as conhecerem, irá ser, sem dúvida, uma sensação diferente.

Acompanhe Mary N em: facebook.com/marynofficial | twitter.com/marynofficial | instagram.com/marynofficial

 

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