“Frio” feat. Malabá Da Gun é uma ideia à parte do universo principal da ARTBEAT, este mais alternativo de Hip Hop, Electrónica, Beatbox e em inglês, para um tema em Português. Algo fresh que apresenta no panorama de Hip Hop português. Música e vídeo da sua autoria em colaboração com os nomes mencionados na descrição do vídeo. O vídeo é em grande parte uma documentação do Porto, pequenos pormenores quotidianos interessantes.
Sem falsas modéstias, a ARTBEAT sublinha o empowerment feminino português, sendo que representa o Beatbox como a única portuguesa que faz dele uma forte ferramenta de performance e produção musical. Mas isto é só uma alínea da sua paleta de habilidades. Começou, tanto a fazer beatbox e a tocar piano, aos 13 anos, de forma autodidacta. O canto sempre foi natural assim como a sensibilidade rítmica, sendo que começou a proclamar terreno como artista aos 17 anos na noite do Porto. Começou como DJ numa dupla com uma amiga e aproveitava para oferecer um momento de beatbox em cada club/bar por que passaram. O DJing durou cerca de um ano e meio e aos 18 anos encontrou a sua identidade como ARTBEAT, onde começou a criar as suas demos. Hoje, com 21 anos, no último ano da licenciatura em Design de Moda, esta artista independente já apresentou showcases em grande parte da Invicta e arredores, onde mistura acordes quentes com voz e beatbox numa vertente mais acústica e apresenta alguns originais e covers com arranjos da mesma. Tem uma visão forte no que conta a actuações, a Performance. Não basta chegar e pegar num microfone como começou há 3 anos, há um cuidado em cada outfit/look para cada gig, alterando-o até durante a actuação. Fazer o máximo com o menos possível, so simple yet so strong. Conta com colaborações onde já ganhou airplay nacional e neste momento encontra-se a gravar o primeiro trabalho, como ela diz, aquele que se vai levar realmente a sério. Um EP com sonoridade própria que parte do seu rol de longas influências 90s e contemporâneas Hip Hop / Rn’B / Electronica / EDM, onde esta é produtora, compositora, a voz e a razão.
A relação com a música é e sempre foi a única coisa que não me pode ser ensinada, simplesmente nasceu comigo, e é através deste contínuo romance musical comigo mesma que o resto dos meus sentidos despertam. A minha música está incontornavelmente ligada a uma dimensão visual na qual, com um pé no passado e um no futuro, crio o meu andar no campo de performance musical, instalação artística e moda.
Se há algo que tento evitar é conforto a longo prazo durante momentos de criação. Como artistas devemos sempre criar esse desconforto e desafiar-nos a nós mesmos. Acredito que só após suor e lágrimas, e noites em branco (bastantes), podemos dizer que estamos realizados com o que criamos.
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