Foi no passado dia 14 que o Meo Arena acolheu uma plateia de todas as idades para receber a apresentação do último trabalho de Paulo Gonzo, “Duetos”.  A solo ou acompanhado, o cantor presenteou o seu público com um espectáculo rico em boa música e diversidade cultural.  “So Do I” dá início ao concerto, seguido de “Leve Beijo Triste”.

Jorge Palma, o primeiro convidado da noite é chamado ao palco, sentando-se ao piano para, em conjunto com Paulo, interpretar o tema “Só” e evidenciando a cumplicidade entre dois dos mais aclamados músicos portugueses. O cantor caboverdiano Tito Paris é o segundo convidado e traz consigo o ritmo quente de Cabo Verde, com a canção “Negra”. “Sei-te De Cor” faz uma pausa nos duos e é interpretado perante um público ainda bastante tímido.

A primeira convidada feminina chega do Reino Unido. Tammy Paynne senta-se com Paulo, para interpretar “Talk To Me Instead”. O momento que se segue é de lamento: India Martinez não pôde estar presente por questões de trabalho, mas deixou um vídeo de motivação, que passou nos dois ecrãs que ladeavam o palco. Tal como a cantora espanhola, todos os intérpretes tiveram algo a dizer sobre o cantor português antes de actuarem e todos eles o enalteceram, demonstrando o quanto Paulo Gonzo é admirado por músicos de diversos países e continentes.

“Quem é que gosta de R’n’B?” pergunta, antes de cantar “Bring It on Home to Me”, um original de Sam Cooke, com “as suas Patrícias”, como carinhosamente tratou as back vocals que acompanharam os músicos ao longo do concerto. Segue-se o italiano Mario Biondi, com “Woman Woman”.
Um dos pontos altos da noite vem do Brasil: Fafá de Belém consegue com que grande parte da plateia se levante ao som de “Vais Entender”, seguido de um clássico da música soul “How Do You Stop”, de James Brown, entoado pelo protagonista do espectáculo a solo.
Matias Damásio é chamado ao palco como o “músico da música popular em Angola” e põe novamente a plateia de pé, a dançar, sozinhos ou em pares, com o sucesso “A Outra”. De Angola para Portugal, Rui Reininho, reconhecido vocalista da banda GNR, traz consigo “Coisas Soltas”.

“Vamos todos fazer desta sala uma sala só nossa. Vamos todos cantar os Jardins Proibidos!”. O cantor pede e o público obedece, cantando em uníssono a música conhecida por todos os portugueses.
Isqueiros e luzes de telemóvel fazem a imensa plateia do Meo Arena brilhar.
Carlos Rivera, aclamado músico mexicano, põe novamente todos a dançar com “Fascinacion”.
Seguem-se duas músicas a solo, a começar com “Espelho (De Outra Água)”. Mas é o êxito “Falamos Depois” que provoca uma reacção mais ávida no público. De guitarra na mão, Paulo Gonzo faz cantar e dançar aqueles que considera os seus “amigos de sempre”.

Voltando a Angola, chamou a “personagem que não conhecia”, mas com a qual colaborou por sugestão de Paulo Junqueiro, vice-presidente da Sony Music. Anselmo Ralph é, até então, o artista que mais entusiasmou o público, trazendo consigo o tema “Ela É”.
E se Anselmo aqueceu a plateia, a série de duetos acaba da melhor forma com a cantora que “enche as medidas com o sorriso e sentido de humor” ao protagonista do espectáculo, Ana Carolina, que com ele interpreta “Quem De Nós Dois”.

O espectáculo é dado por terminado com, mas o público não desiste enquanto os músicos não regressam ao palco. “O Teu Brinquedo” abre o encore, mas é “Dei-te Quase Tudo” que fecha o espectáculo de duas horas e meia, com uma pequena “guerra de sexos”, onde o cantor pôs à prova quem consegue causar mais impacto na imensa sala. Mas a união faz a força e nem a noite fria e chuvosa demoveu homens e mulheres, miúdos e graúdos de aplaudir, cantar e dançar grandes êxitos de músicos para todos os gostos, que ali se reuniram a convite de uma referência a nível nacional e além fronteiras: Paulo Gonzo.

             Fotos do concerto brevemente também publicadas em: facebook.com/madeinportugalmusica                

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