Foi na quinta- feira passada que Júlio Resende passou na Casa da Música, para apresentar o seu mais recente trabalho intitulado “Amália por Júlio Resende”.
O pianista iniciou o concerto com o tema “Vou dar de beber à dor”/”Casa da Mariquinhas” protagonizado por Amália Rodrigues, aliás, assim
como todos os outros temas que podemos ouvir neste novo álbum. Depois, foi a vez de “Gaivota” e daí voámos para “Olhos Negros”, tema que faz parte do cancioneiro açoriano.
como todos os outros temas que podemos ouvir neste novo álbum. Depois, foi a vez de “Gaivota” e daí voámos para “Olhos Negros”, tema que faz parte do cancioneiro açoriano.
Júlio Resende faz uma pausa na apresentação para agradecer ao público por se ter deslocado à Casa da Música no Porto. Cidade que é uma das suas fontes de inspiração.
Afirma também que este disco/projecto representa “uma viagem pelo Fado e uma viagem que é iluminada por um sol que se chama Amália”. Por fim, propõe descobrirmos os temas que se seguem. Proposta que foi acatada pela plateia que, de vez em quando, sussurrava alguns palpites sobre as músicas que ouvia. Provavelmente, porque em determinados momentos, parecia que a fadista iluminava e trauteava pedaços de letras no decorrer dos temas. Como foi o caso de “Tudo isto é fado”, que nos fez regressar ao percurso definido para esta noite.
Nesta viagem ao passado, que continua bem presente em todos os portugueses, houve tempo para Júlio Resende tocar um tema do seu primeiro álbum, editado em 2007,“Da Alma”. A seguir a “Barco Negro”, foi o momento do “dueto” (im)possível com a convidada especial, e de quem se notou a presença durante o concerto, Amália Rodrigues, para interpretar “Medo”.
É depois deste acontecimento bastante emotivo, ilustrado com fotos da eterna fadista, e perante fortes aplausos que o músico regressa ao palco para um encore e surge “Foi Deus”.
Amália foi o sol desta noite especial. Porém, a noite precisa de estrelas. A constelação chama-se Júlio Resende.
Texto e Fotos: Joana De Queiroz Constante