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Rodrigo Leão «É um trabalho de reflexão sobre as vidas das pessoas» [entrevista]

“Life Is Long” é o álbum que junta Rodrigo Leão e Scott Matthew. O disco encontra-se em 1.º lugar do top de vendas digitais em Portugal, além de também liderar a tabela de vendas da Fnac. “Life Is Long” continua assim a ser um sucesso, depois de ter entrado para o 1.º lugar do iTunes e para o 2.º lugar do top de vendas de Portugal.

Estivemos à conversa com Rodrigo Leão que nos falou deste álbum que nasceu da cumplicidade criada há vários anos entre Rodrigo Leão e o cantor Scott Matthew.

Rodrigo Leão — «Ao longo de quase dois anos fomos trocando emails»

Depois de “O Retiro” qual foi o mote para este novo projeto?
Apesar de não parecer, a verdade é que o mote para este trabalho já existia antes sequer de pensar no “O Retiro”. Foi em finais de 2013, depois da nossa segunda colaboração – “Incomplete” que entrou na compilação “Songs” que começámos a pensar com algum entusiasmo em trabalhar juntos para um disco inteiro. O mote era simples, bastava seguirmos o mesmo método que tínhamos usado nos dois temas já feitos. Eu trabalhava as ideias para as canções e enviava uma demo para o Scott escrever letras e fazer algumas melodias de voz. É evidente que desde cedo nos apercebemos de muitas coisas que tínhamos em comum nos nossos universos musicais; a melancolia, a ideia de tristeza em certas músicas e assim, sem termos tido grandes conversas sobre o que queríamos fazer, as ideias foram nascendo e ao longo de quase dois anos fomos trocando emails.

Scott Matthew já tinha participado no álbum “A Montanha Mágica”, nomeadamente dando voz ao tema “Terrible Dawn”, em 2011. Mas como surge a ideia de fazerem um álbum em conjunto?
Talvez pelo facto de termos ficado tão contentes com o resultado das primeiras ideias e por outro lado sabermos que tínhamos muito tempo para compor este disco. Não sentimos nenhuma espécie de stress e isso fez com que aceitássemos com muita naturalidade esta colaboração.

Como foi desenvolvido o processo criativo deste novo trabalho?
Tivemos liberdade total para fazermos o que queríamos e o facto de estarmos longe um do outro durante todo este processo acabou por tornar este disco mais intuitivo, mais espontâneo e sem receios do que tínhamos para mostrar um ao outro.

Rodrigo Leão — «É um disco de canções sobre relações entre pessoas»

Fale-nos um pouco sobre os temas que integram o álbum.
Para mim é um disco que está mais dentro das influências da música pop. É um disco de canções sobre relações entre pessoas. É melancólico mas também transmite alguma esperança. É um trabalho de reflexão sobre as vidas das pessoas.

“Life is Long” é o nome do álbum. Pode-se dizer que este trabalho é /retrata a vida (“that´s life”)?
Sim, como já tinha dito anteriormente, este trabalho retrata em quase todos os temas as relações que existem entre as vidas das pessoas.

Rodrigo Leão — «Ficamos muito felizes por sabermos que o disco está a ser bem recebido»

O álbum foi editado no passado dia 30 de setembro. Nessa altura já liderava o top de vendas na plataforma iTunes. Que expectativas têm para este novo projeto, que como é visível está a ser tão bem recebido?
Para nós o mais importantes é estarmos contentes com o resultado final. Os arranjos de Carlos Tony Gomes, assim como o desempenho de todos os músicos e produtores foram essenciais para a concretização deste projeto. É claro que ficamos muito felizes por sabermos que o disco está a ser bem recebido, mas para nós é sempre uma incógnita sabermos se um disco vai ou não ter algum êxito.

Os concertos de apresentação deste novo trabalho acontecem a 4 e 6 de novembro, nos Coliseus do Porto e Lisboa, respetivamente. O que pode o público esperar para estes concertos?
Estes concertos serão baseados no disco que acabámos de editar, mas terão alguns momentos onde apresentarei alguns temas instrumentais pensados para este espetáculo. Por outro lado, o Scott também interpretará alguns temas dos seus trabalhos a solo. Seremos sete em palco. Para além de mim e do Scott, estarão presentes João Eleutério (guitarra, baixo e melódica), Viviena Tupikova (violino e sintetizador), Carlos Tony Gomes (violoncelo), Marco Alves (trombone e metalofone) e Frederico Gracias(bateria).

[Entrevista por Joana Constante]

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