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a Jigsaw e Pedro e Os Lobos juntos em palco

“Num tempo há muito ido e de que já não há memória, foram construídas duas estradas em Portugal.


Edificadas por um César qualquer e gémeas quais Rómulo e Remo, embora não fossem dar a Roma – como todos os caminhos deveriam ser – seguiram o seu caminho tortuoso sem nunca terem sido concluídas, sem chegarem ao seu destino, fosse ele onde fosse. E não seria Roma. Nem Pavia.


Uma nascia em Lisboa e a outra em Coimbra. Vencidas primeiro por estradas de breu e depois por auto-estradas com 6 faixas de rodagem, hoje em dia são apenas utilizadas por alguns peregrinos mais avisados.


Algures a meio do seu caminho solitário, encontram-se e cruzam-se sobrepostas. É nesse cruzamento, onde os mundos se tocam e onde não se está nem cá, nem lá, que aparece um homem a quem tenha a intrepidez de o chamar a meio da noite, e a quem alguns se atrevem a chamar de Diabo.


Contam os mais audazes que foi nessa intersecção, num passado bem mais recente mas incerto em data, que um músico, num pacto de morte sem retorno, trocou a sua alma pela mestria dos seus dedos, com esse mesmo homem de duas caras, ou Mefistófeles, como outros o nomeiam.


A esse lugar perdido, onde o sul e o norte se encontram, e embora quase todos duvidem da sua existência, todos lhe dão o mesmo nome: Encontramento.”, Gito Lima.

ENCONTRAMENTO é a junção perfeita de duas bandas que se completam na estrada, a Jigsaw e Pedro e Os Lobos e que já se cruzaram recentemente no tema “Volta à Morte”, incluído no EP de Pedro e Os Lobos.

Os a Jigsaw, compostos por Jorri e João Rui e recomendados pela revista francesa Les Inrockuptibles, têm neste momento um novo disco, “No True Magic”, em que as raízes continuam a ser Folk, o Blues, a literatura e um conceito: “a imortalidade”. Depois da “perda da inocência” e da “construção da identidade”, os a Jigsaw falam-nos agora da aceitação dos termos da nossa mortalidade. “No True Magic” aborda a questão da suspensão da mortalidade. Talvez porque até ao fim acreditamos na promessa dos milagres – ou no milagre maior da imortalidade.

Essa imortalidade acontece juntamente com momentos especiais que se cruzam na nossa vida e um desses momentos é esta digressão com Pedro e os Lobos.

Pedro e os Lobos é o projeto a solo do músico e compositor Pedro Galhoz que tem um novo trabalho discográfico, “Um Mundo Quase Perfeito”, para o qual o artista convidou músicos que admira e com os quais sonhava um dia colaborar. A paixão pelas guitarras, o gosto pela simplicidade e a interpretação de paisagens revestindo-as de cor musical resultam num conjunto de faixas que entrelaçam o clássico com o contemporâneo. Este disco, realista, puro e sem subterfúgios, perdendo por vezes o balanço das palavras e o politicamente correto, apresenta-se com letras desprovidas de grandes revestimentos, puras na sua essência e no relato da condição humana.

ENCONTRAMENTO apresenta-se como o encontro de duas bandas que seguiram diferentes caminhos sem nunca perderem de vista um possível momento em que os seus caminhos se poderiam cruzar e vir a dar frutos. Num só palco, duas bandas, dois discos e a colaboração entre eles.

# Datas confirmadas até ao momento:
– 28 de fevereiro: Cine Teatro de Alcobaça
– 14 de março: Theatro Circo, Braga
– 26 de setembro: Teatro Avenida, Castelo Branco

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