Home   /   Novos Singles  /   Ana Bacalhau junta-se a Cláudia Pascoal no novo single “Imperial É Fino” [LETRA]
Ana Bacalhau junta-se a Cláudia Pascoal no novo single “Imperial É Fino” [LETRA]

Ana Bacalhau junta-se a Claúdia Pascoal para celebrar a identidade e diversidade cultural de Portugal no novo single “Imperial é Fino”.

Este novo tema de Ana Bacalhau inspirada no clássico “Let’s Call The Whole Thing Off”, que aborda diferenças entre o inglês britânico e americano, lança um olhar irónico e bem-humorado sobre os regionalismos portugueses, trazendo à tona debates populares como o de “ténis” versus “sapatilhas” ou “imperial” versus “fino”.

“Imperial É Fino”, já disponível nas plataformas digitais, brinca com as diferenças linguísticas e expressões regionais que caracterizam o país a Norte e a Sul, destacando as “saudáveis rivalidades” entre as regiões.

Com a letra original e humorística de Capicua, a canção captura o orgulho que os portugueses sentem pelas peculiaridades da sua língua e cultura. O videoclipe da nova canção de Ana Bacalhau foi realizado por André Tentúgal.

Ana Bacalhau e Cláudia Pascoal – Imperial É Fino [LETRA]

Ah e quê?
Ah então?
Ah porquê?
Que algo se perde na nossa tradução?
Ah e quê?
Ah então?
Ah porquê?

Dizes que não tens qualquer sotaque, isto não é um ataque mas tens falta de noção
E depois dizes “para não ser de supresa eu tufono-te às dezóito pa marcar a runião”
Olha quem fala, tu dizes “à minha beira”, com pronúncia da Ribeira
Quando estás “ao pé de mim”
Dizes pega em vez de toma, dizes bufa em vez de sopra,
Olha a Iana, Gola ialta e coisa assim

Imperial é fino, ténis é sapatilha
Bica é cimbalino e “chicla” é pastilha
Aloquete é cadeado e capuz, carapuço
Estrugido é refogado, chapéu de chuva é chuço
Se trolha é pedreiro, bueiro é sargeta
Sertã é frigideira e cabide é cruzeta

Ah e quê?
Ah então?
Ah porquê?
Que algo se perde na nossa tradução?
Ah e quê?
Ah então?
Ah porquê?

Já tu dizes “são quaise treuze” e já ouvi várias vezes “tira o téni do sófá”
O lisboeta come letras, tira o U pra dizer pôco, diz “óviste é muita lôco”, assim não dá!
Tretas, pra ti mãe tem cinco letras, dizer “cumo” é o cúmulo e tu sabes que assim é
Tu dizes testo e eu tampa, eu digo cocho e tu manco e quando dizes tótil eu bué

Imperial é fino, ténis é sapatilha
Bica é cimbalino e “chicla” é pastilha
Aloquete é cadeado e capuz, carapuço
Estrugido é refogado, chapéu de chuva é chuço
Se trolha é pedreiro, bueiro é sargeta
Sertã é frigideira e cabide é cruzeta

Contigo tão vira tom, contigo são vira som e depois bom vira “bão”
Para mim o V vira B, p’ra ti “Lesboa” é com E, oblá e então?
Ouve, não sou eu que falo torto, toda a gente me entende, não é meu o defeito
S’eu falo à Porto é meu direito e se o teu ouvido é mouco, o meu sotaque é perfeito

Se digo “fala bem”, é pra tu seres meiguinha
Como eu sou também, no meu jeito alfacinha
E quando eu digo “bem” eu tou t’a dizer pra “bires”
Eu até te falo bem só é pena não me ouvires
E quando eu digo “bem” eu tou t’a dizer pra “bires”
Eu até te falo bem só é pena não me ouvires

Ah e quê?
Ah então?
Ah porquê?
Que algo se perde na nossa tradução?
Ah e quê?
Ah então?
Ah porquê?

Related Article
Banner de Consentimento de Cookies by Real Cookie Banner