Home   /   Notícias  /   As melhores bandas portuguesas dos anos 80
As melhores bandas portuguesas dos anos 80

É sabido que o nosso país é mundialmente conhecido pelo nosso querido Fado. Mas nem só de Fado vibra a nossa cultura musical: desde que existe humanidade que existe música e, por cá, há muito que se produz música de qualidade, de diversos estilos musicais.

Muitos de nós referimo-nos aos anos 1980 com um carinho muito especial e os motivos são diversos. Estávamos numa era de prosperidade e no mundo da música compunham-se as melhores canções a nível mundial e novas bandas começavam a pisar os palcos todos os dias.

Hoje, as bandas portuguesas continuam a afirmar-se com grande força e pujança, pelas rádios, nos festivais e na boca dos media. Mas as bandas dos anos 1980, muitas elas ainda firmes e hirtas, continuam a reacender corações, a fazer bater o pé, como sempre fizeram.

concerto - espetáculo - rock - pop - hip hop - portugal - música

Hoje, queremos recordar. Deixamos-te algumas das (imensas) melhores bandas portuguesas nascidas nos anos 1980. Bandas que nos marcaram e que ainda hoje nos fazem voltar atrás no tempo de forma bastante rápida assim que escutamos os seus nomes ou ouvimos parte das suas melodias.

1. Heróis do Mar

Os Heróis do Mar surgiram em 1981 com o verdadeiro propósito de – através da música – representar Portugal, a sua história e a arte greco-romana. A banda, formada por Pedro Ayres de Magalhães, Pedro Paulo Gonçalves e Carlos Maria Trindade, e mais tarde completando-se com António José de Almeida e Rui Pedral da Cunha, gravou 5 Álbuns, 11 compilações e 14 singles. Muitos deles ainda hoje transmitidos nas nossas rádios e cantarolados por muitos.

Quem não se recorda do single “Paixão” ou do clássico “Só Gosto de ti”, ou mesmo de “Amor” ou da “Saudade”? Heróis do Mar tiveram uma passagem curta mas deixaram um rasto verdadeiramente eterno na nossa cultura musical.

2. Xutos & Pontapés

“As saudades que eu já tinha da minha alegre casinha tão modesta quanto eu…”. Xutos & Pontapés são, provavelmente, uma das bandas portuguesas mais conhecidas e reconhecidas. Quem não conhece “A minha casinha”? Pequenos e graúdos continuam a ouvir a cantar as músicas de Xutos, muitos deles sem saber que esta já conta com quase 40 – bem-sucedidos – anos de existência.

No final de 1978, Zé Pedro, Tim e Zé Leonel formaram os Xutos & Pontapés, e no ano seguinte já estavam a pisar os palcos portugueses. Em 1985 gravaram o primeiro álbum: Cerco, e dois anos depois “explodiram” mediaticamente com o álbum Circo de Feras e as suas famosas – e polémicas – músicas “Contentores”, “Não Sou o único” e “N’América”. Desde aí, foram muitos os álbuns e gloriosas músicas, que ainda hoje colocam o público aos saltos e a gritar as suas músicas até perderem o fôlego.

Apesar da grande perda do último ano, Xutos – agora sem a presença do incrível fundador e guitarrista Zé Pedro, vão continuar a pisar os palcos.

3. Mão Morta

“Mão Morta” nasceu em Braga, em 1984, pelas mãos de Joaquim Pinto, Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal. Com um estilo muito peculiar e composições verdadeiramente originais, esta banda, pautada pela sua agressividade “muito própria”, arrecadou muitos prémios ao longo de 3 décadas. Fruto de todas as suas composições e atuações. A banda conta já com muitos álbuns gravados.

Alguns deles foram gravados ao vivo, como é o caso do álbum gravado na Aula Magna, uma gravação do espectáculo de apresentação do álbum Primavera de Destroços. Esse álbum soma 13 faixas que retratam brilhantemente e de forma bastante peculiar, o nosso quotidiano. Por exemplo, a canção “Nada a perder”, na qual referem cantando que “Há sempre uma garrafa para beber e uma mulher para amar quando nada se tem a perder”, ou “É um Jogo”, que acaba por tornar as salas de casino e a histórica roleta, inventada no século XVII pelo matemático e inventor francês Blaise Pascal, numa fantástica metáfora para a nossa vida e todas as peripécias que nela surgem.

A banda produz nos seus álbuns uma perfeita combinação de estilos musicais: rock, punk, metal, eletrónica e industrial. Com muita criatividade, isso que faz dos Mão Morta uma banda tão especial.

4. Táxi

Quem viveu o esplendor dos anos 1980, com certeza conhece a famosa “Chiclete” dos Táxi. A banda, nascida no Porto em 1979 começou por compor na língua inglesa – mas rapidamente mudaram o registo. Em 1981, foram descobertos pela editora Polygram durante um pequeno concerto na sua cidade e rapidamente convidados a gravar o seu primeiro álbum. Foi nesse primeiro álbum que surgiu a famosa canção “Chiclete” e também “Vida de cão”, “Tv-Wc” e outras, que juntaram a combinação perfeita para o primeiro disco de ouro do rock português.

A banda continua hoje a atuar e a pisar os palcos. No entanto, dada a saída de 2 membros há cerca de 8 anos, viram-se obrigados a, recentemente, mudar o seu nome para T4X1. Situação que esperam que seja “temporária e provisória”.

5. GNR

Acreditamos que não existem muitos portugueses a desconhecer a existência dos GNR. O Grupo Novo Rock surgiu numa noite de 1979, numa conversa entre Vítor Rua e Alexandre Soares.

Descobrindo que tinham muito em comum, como o desejo de criar uma banda musical, decidiram que aquele era o momento ideal para tornarem os seus sonhos realidade. Apesar de Rui Reininho ser muitas vezes considerado a cara dos GNR, dado o grande músico e performer que é, o ex-jornalista só se tornou o vocalista da banda cerca de dois anos após a sua criação, em 1981.

Actualmente, a banda é constituída por Tóli César Machado (guitarra, acordeão e teclas), Jorge Romão (baixo) e Reininho (vocal). Iniciaram-se como new wave, exploraram a música experimental e o pop de vanguarda, mas foi no Pop Rock que se afirmaram, tendo sido distinguidos com vários prémios e milhares de cópias vendidas.

Em 2014, os GNR tornaram-se discograficamente independentes, criando a sua própria editora e continuam, ainda hoje, após mais de três décadas, a dar que falar (e cantar).

Related Article