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“bpm”, o novo disco composto inteiramente por Salvador Sobral já disponível

Salvador Sobral lançou o novo álbum intitulado “bpm”. Gravado no início de janeiro deste ano no Le Manoir de León, idílico estúdio localizado no sudoeste da França, este é o primeiro disco composto inteiramente por Salvador, ao lado do seu inseparável parceiro musical Leo Aldrey, que também foi o responsável pela produção do álbum.

«Desde o início da minha, ainda pequenina, carreira que me sinto mais à vontade a cantar as músicas dos outros. É verdade que já me aventurei, nos discos anteriores, a compor uma ou duas canções, mas não posso dizer que tenha explorado a minha veia de compositor, foi apenas um vasinho capilar. A proposta deste novo disco é expor toda a minha artéria aorta», refere Salvador Sobral, acrescentando que não o podia fazer sem o seu principal parceiro, «na música e na vida», Leo Aldrey.

Fomos para uma casa no meio do Alentejo escrever canções durante um mês

«Quando o conheci, em 2010, no Taller de Musics, em Barcelona, estava convencido de que queria cantar o cancioneiro de jazz americano para o resto da minha vida. Acuso, agora publicamente, este meu querido amigo de me sequestrar, fechar-me no seu quarto durante noites a fio forçando-me a escrever canções. Passaram os anos e a dinâmica e o método não mudaram, apenas a dimensão do quarto dele. Em Fevereiro de 2020 fomos, então, os dois para uma casa no meio do Alentejo escrever canções durante um mês.

O Leo consegue sempre perceber perfeitamente o que quero dizer na música e de que forma o quero dizer, aproveitando ao máximo as minhas capacidades e fazendo-me, até, descobrir algumas novas. Na hora de escolher um produtor para este disco, não havia absolutamente dúvida nenhuma de que seria ele, até porque conhece as canções desde o seu estado mais embrionário».

“bpm” de Salvador Sobral surge num retiro no sul de Portugal e contém 9 canções em português, 2 em inglês e 2 em espanhol tendo os músicos que o acompanham desde o primeiro disco André Rosinha (contrabaixo) e Bruno Pedroso (bateria), tendo-se juntado à formação deste projeto: André Santos, na guitarra e Abe Rábade no piano, com Leo Aldrey, que também participa nos teclados e efeitos.

Estar-lhe-ei eternamente agradecido por ter salvado o disco

«Liguei a um amigo com quem já tinha tocado algumas vezes, um pianista super criativo e melódico, mas com fogo no rabo; confiante, mas curioso; lírico, mas punk. Abe Rábade. Soube desde essa primeira chamada que tinha feito a escolha certa. Dois dias depois, estava em minha casa a aprender as canções com uma rapidez olímpica. Teve, inclusivamente, e quis absolutamente que eu lhe explicasse ao pormenor cada canção, desde a letra até ao que estava por trás dela. O seu envolvimento total no projeto, desde o início até ao último dia de gravação, foi simplesmente admirável. Estar-lhe-ei eternamente agradecido por ter salvado o disco», refere Salvador que acrescenta:

«Quem também o salva, e mantém a banda, diariamente, desde o seu começo, é o casal André Rosinha e Bruno Pedroso. Já tocam comigo desde 2015, somos os mais próximos amigos, conhecemos as melhores virtudes de cada um e aceitamos os podres de cada um, também. Nutro uma profunda admiração pela forma como eles veem e sentem a música e sou um fã convicto das suas escolhas e do que trazem para a minha música. Confio plenamente neles em todas as esferas desta vida, são a base desta família e é com orgulho e carinho que posso dizer que eles sentem esta banda como a banda deles, também. Um elemento recente, mas crucial na família, é o André Santos, decidi convidar o guitarrista que mais admiro para se juntar a esta aventura. O Santos é como uma brisa multicolor que ondula sobre os acordes espalhando um aroma sonoro único que nos deixa tão positivamente perturbados e a querer sempre mais. Dou graças a ele, e à sua sensibilidade, por estar no meu projecto».

Além da banda há ainda a destacar duas participações vocais em “bpm”: Sílvia Perez Cruz (coros em “that old waltz”) e de Margarida Campelo (dueto em “Aplauso Dentro”).

Numa reflexão sobre a música e a vida, chego à conclusão de que o elemento mais forte que as une são os bpm

Sobre o título do álbum, Salvador Sobral explica: «Tomo várias decisões nas diferentes áreas da vida durante as minhas insónias. Chamo-lhes IPs (insónias produtivas). O nome do álbum é fruto de uma IP. Numa reflexão sobre a música e a vida, chego à conclusão de que o elemento mais forte que as une são os bpm (batimentos por minuto). É o que nos dá vida, os batimentos do coração, e é o que dá pulso à música, o que a faz viver. Lembro-me sempre de quando estava no hospital: fazia vários eletrocardiogramas e, numa fase mais delicada, também havia um monitor que mostrava sempre os meus bpms. E isso, curiosamente, transmitia-me uma sensação de familiaridade. Os bpms eram algo que eu conhecia bem da música. Assim foi, ficou ali decidido que o disco chamar-se-ia “bpm”. Já pude dormir em paz. Pelo menos nessa noite».

“bpm” de Salvador Sobral será apresentado ao vivo no dia 25 de junho no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e no dia 09 de julho no Teatro Sá da Bandeira no Porto. Os bilhetes já estão disponíveis nos locais habituais.

“Paint The Town” é o recente single, retirado do álbum, que sucede a “Sangue do Meu Sangue“.

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