Manifesto são quatro, Paulo Lima, Augusto Figueira, Bidgi Marciano e Nuno Justo. Depois da apresentação em Março do seu primeiro álbum de originais intitulado  “Homónimo”, apresentam-se agora com um concerto acústico no auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Lisboa, a 4 Outubro às 22h.

“Homónimo” foi gravado nos estúdios BEBOP com produção, gravação e mistura de Cajó (Xutos & Pontapés, Censurados, Tara Perdida, etc.) e inclui temas marcantes como “Acordai”, homenagem ao maestro Fernando Lopes Graça e ao poeta José Gomes Ferreira e “Arriscar”.

Manifesto juntam-se assim às comemorações do Dia Mundial do Animal, revertendo a totalidade da bilheteira directamente para a União Zoófila, numa iniciativa que conta com o apoio da RDP e das Bibliotecas Municipais de Lisboa.

Um Manifesto que precisa de ser ouvido.

A entrada tem um custo de 5€, que segue directamente como donativo para a União Zoófila, ou pela entrega de ração, paté, areão, mantas, medicamentos para os animais.




 # ENTREVISTA À BANDA MANIFESTO 

Como surgiram os Manifesto?
Paulo: Os Manifesto são uma banda de gente experiente que já anda na música há muito tempo. Eu e o Nuno Justo viemos de uma banda chamada “Podes Crer”, o Bidgi Marciano e o Augusto Figueira vieram de uma banda que eram os “Ervas Daninhas”.
Já nos conheciam de longa data porque as nossas bandas cruzaram-se nos mesmos palcos e depois por razões diversas as nossas bandas acabaram por parar. Nós como não sabemos viver sem o rock and roll, eu telefonei ao Augusto e juntámos-nos na sala de ensaios para fundar aquilo que são os Manifesto.

Como se pode definir o som dos Manifesto?
A base principal do Manifesto é o rock, depois temos outras influências, como o punk, entre outras, mas a nossa base principal é o rock cantado em Português.
Nós crescemos a ouvir rock português, nós somos um bocadinho filhos daquele ‘bum’ do rock português dos anos 70, 80. Bandas como Xutos & Pontapés, UHF, Peste & Sida, entre outras, são bandas que nos motivaram a fazer o som que hoje fazemos.

O concerto de dia 4 de outubro será em formato acústico. Porquê essa opção e o que podemos esperar?
Tendo em conta que o concerto se enquadrava num ambiente solidário, nós achámos por bem sermos o mais abrangente possíveis, tentando fazer uma coisa mais familiar, Queremos abranger todos os sócios e simpatizantes da União Zoófila que decerteza tem uma abrangência de idades enorme. E um formato acústico é mais consensual e mais intimista.
E não obstante os Manifesto tocarem rock não vemos nenhum inconveniente na linguagem acústica, porque também conseguimos fazer rock sem ser eléctrico.
Podem esperar canções com a mesma força e a mesma intensidade  porque as canções são as mesmas, mesmas sendo acústicas. São muito fortes em termos melódicos e em termos de mensagem. Esperamos contar com uma grande envolvência e participação do publico.

A bilheteira é totalmente para a União Zoófila. Como surgiu essa ideia?
Os Manifesto são uma banda que tem uma consciência social acentuada e tivemos sempre esta ideia de participar civicamente no conceito onde nos inserimos. E este concerto enquadra-se nessa ideia. Somos uma banda que também pretende passar uma mensagem, ter algo para dizer. Não fazemos música oca, fazemos música com objectivos sinceros e honestos e a nossa honestidade passa muito por aquilo que nós dizemos e pelas nossas atitudes. Por isso sentimos sempre a necessidade de ajudar estas causas e a União Zoofila merece toda a ajuda e toda a atenção.

# O que é a União Zoófila?

A União Zoófila é uma ONG sem fins lucrativos que dependendo das quotas dos sócios e dos donativos que recebe quer monetários quer em géneros. Foi fundada em 1951 cuja missão é a defesa, proteção e tratamento de animais domésticos em risco.

O mão de obra da associação é essencialmente voluntária tendo alguns funcionários que asseguram a manutenção e alimentação dos animais e os veterinários que diariamente tratam as maleitas dos animais recolhidos.

As instalações do nosso albergue melhoraram consideravelmente, no que diz respeito à alimentação, higiene, prestação de cuidados de saúde, controlo da natalidade e condições de habitabilidade.
Devido ao elevado número de animais, a ração e os medicamentos tendem a escassear de tempos a tempos. Por esta razão estão neste momento empenhados em campanhas de angariação e de sensibilização do público em geral para uma situação que é agora pontual mas que se repete ciclicamente.

Neste momento a União Zoófila dispõe de uma linha de apoio 760 50 10 15; pode parecer pouco uma chamada mas se muitos fizerem uma chamada conseguem os seus objectivos
Mais informações de como se pode ajudar os animais da União Zoófila pode ser encontrada no site www.uniaozoofila.org

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