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Crítica | “Dá-me um segundo” dos D.A.M.A – um disco que fica facilmente no ouvido

Em 2015, apenas um ano após o estrondoso sucesso do disco de estreia, ”Uma questão de princípio”, os D.A.M.A. lançam “Dá-me um segundo”, o segundo registo de originais da banda Pop/HipHop Portuguesa.

O disco arranca com o mais que apropriado verso “Eu nem sei como começo” do single de apresentação “Não Dá”, balada ligeira de fácil refrão e que dá seguimento ao som característico da banda. A produção minimalista ajuda e as harmonias vocais enchem uma melodia que D.A.M.A - á me um segundo - disco 2015 críticaapesar de repetir o título até à exaustão se apresenta como simples e eficaz. Segue-se “Agora é tarde”, uma Pop simples que com um riff de teclado orelhudo que não vai mais além, mas também não compromete. Já com “Calma” as guitarras e sintetizadores aceleram, contrastando com o título da composição, tomando o Hip Hop conta do ambiente.
Gabriel o Pensador aparece em “Não faço questão”, primeiro tema que rompe com temas mais do coração, trazendo a esperança e a atitude positiva perante à vida ao disco. O artista Brasileiro eleva a qualidade e oferece toda a sua versatilidade e experiência, tornando este um dos pontos altos do álbum. O segundo convidado é João Pequeno que em “Primeira Vez” traz alegria num tema ritmado com muitos Sha la las. “Tempo pra Què” é a balada acústica sobre o possível fim de uma relação, enquanto que “Assim Assim” traz uma harmónica à temática. Em “A minha cama” é entoado um muito sonoro “ELA” entre guitarras que voltam a assumir algum protagonismo. Tempo de mais uma balada, “Adeus e as Melhoras”, sobre o fim de uma relação, enquanto que “Eu Sei” é um épico ao piano que encerra o disco num tom grandioso e em que um solo de guitarra se faz finalmente ouvir.

A temática do Amor, quase sempre presente, ajuda a chegar ao público feminino mais jovem e os constantes 4 minutos que todas as faixas apresentam são o ingrediente para tornar qualquer uma das músicas um potencial sucesso radiofónico. A quase sempre ausência de solos não se faz sentir num disco orientado para um público mais exigente no que diz respeito aos refrões fáceis do que à complexidade instrumental.

No seu todo “Dá-me um segundo” é um disco que fica facilmente no ouvido e se existem algumas faixas que não acrescentam muito, existem igualmente bons momentos que vão fazer deste registo discográfico uma constante nos tops de 2015 e 2016.

Os D.A.M.A atuam este sábado, dia 7 de novembro, no Pavilhão Multiusos de Guimarães e a 14 de novembro no Campo Pequeno, em Lisboa.

Texto: Pedro Pico

 

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