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Entrevista | António Pelarigo fala sobre o seu álbum homónimo “é um disco muito desejado”

Sempre cantou o fado, mas sempre o deixou “para depois”. Agora, com 61 anos, gravou o seu disco homónimo. Em entrevista António Pelarigo desvenda-nos mais deste seu trabalho produzido por José Cid e elogiado por Carlos do Carmo, entre outras entidades do fado.

Made in Portugal: Aos 61 anos dedica-se por inteiro ao fado. Porque só agora, se sempre gostou de fado?
António Pelarigo: Sempre dei prioridade ao meu trabalho. Casei e fui pai muito novo, com mulher e três filhos para criar sentia-me mais seguro com o trabalho e ordenado certo. No entanto nunca pus o fado de parte. Aparecia sempre quando me convidavam, me contratavam e principalmente quando me apetecia. Agora que tenho mais tempo agarrei esta oportunidade que o meu amigo José Cid me deu.

MIP: O seu disco homónimo foi produzido por José Cid, que sempre o incentivou a gravar. Acedeu agora ao convite, porque este álbum era algo que há muito desejava?
A. P.: Sim. Já conheço o José Cid à mais de trinta anos, já me tinha “desafiado” algumas vezes ao longo dos anos, “um dia tens que gravar” mas nunca aconteceu por diversas razões que já referi. Agora acho que é o momento certo e claro que é um disco muito desejado.

MIP: No lançamento do seu disco, Carlos do Carmo em conversa com José Cid nomeou-o como “enorme fadista, grande voz e alma tão portuguesa”. Como recebeu estes elogios de um dos fadistas mais carismáticos de Portugal?
A. P.: Com enorme alegria. É um privilégio receber tais elogios de uma figura tão carismática no fado em Portugal como é Carlos do Carmo.

MIP: O disco tem letras de Rosa Lobato de Faria, José Cid, Paulo de Carvalho, entre outros. Mas tem também um tema da sua autoria. Um tema escrito propositadamente para este álbum, ou já estava na gaveta?
A. P.: Este tema já tem à volta de trinta anos. Escrevi-o porque acredito na paz entre as pessoas. Com tantas guerras, com tantas injustiças, é bom acreditar-mos que um dia a “Senhora da Paz” chegue, faz de nós melhores pessoas.

MIP: O álbum tem sido muito elogiado pela crítica. Esperava esta recetividade?
A. P.: Confesso que com a minha idade não é fácil atingirmos o sucesso mas, dei o meu melhor e com muito trabalho e empenho em conjunto com o meu produtor José Cid, acho que está um álbum muito bem conseguido! Fico muito feliz pela recetividade que este disco está a ter, com poemas e músicas de autores extraordinários, eu apenas dei-lhes o meu cunho com a minha voz, a minha entrega e dedicação! O público é soberano, e será ele a dar o valor que este disco merece.

MIP: A nível de concertos, já há algo agendado?
A. P.: Está a ser agendada uma pequena tournée pelo país. As datas serão publicadas pelos meios normais, uma vês que a produção e o meu agente é que tratam desses assuntos! Confesso que não tenho datas memorizadas.

MIP: Como avalia atualmente o fado em Portugal e a chamada ‘nova geração’ do fado?
A. P.: Penso que temos grandes valores. A Carminho, Ana Moura, Mariza, Camané, Pedro Moutinho, Ana Sofia Varela, entre outros grandes valores que não têm a mesma notoriedade são prova disso mesmo. O Fado está bem vivo!

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