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Entrevista | Brito Ventura “estava longe de imaginar que um dia, tantas pessoas fossem ouvir a minha música. É uma sensação única…”

“Até Sempre” é o primeiro disco de Brito Ventura. Um advogado criminal de profissão que surpreendeu ao revelar publicamente este seu lado intimista, onde a causa a defender, passa a ser a de um amor perdido, onde não existem culpas nem culpados, apenas, o silêncio da guitarra que insiste, que não é sozinho que o melhor caminho deve ser traçado.
Em entrevistaa Brito Ventura falou-nos de como surgiu a oportunidade de editar o disco.

Made in Portugal: O que leva um advogado criminal de profissão a editar um disco?
Brito Ventura:
A realização pessoal de um sonho, porque nunca é tarde para sonhar…

MIP: Não teve receio que as pessoas não conseguissem separar o advogado do músico?
Brito Ventura:
Efetivamente temi pela “mistura”, mas no bom rigor dos princípios, a recetividade das pessoas na minha área profissional tem sido francamente positiva e ate surpreendente.

MIP: Como é que a música entrou na sua vida?
Brito Ventura:
A música desde jovem que faz parte da minha vida, todavia uma experiência falhada nesta área acerca de dezassete anos atrás, fez-me deixar de acreditar e ocultar esta minha faceta, da maioria das pessoas que me conhecem.

MIP: Como surgiu a oportunidade de editar o disco “Até Sempre”? Era algo que já há muito ambicionava?
Brito Ventura:
Inicialmente, era para ser um EP com quatro faixas para consumo familiar, nada mais. Todavia, o primeiro tema que foi gravado “Até Sempre”, foi bem recebido pelas pessoas e sem querer, dei por mim a ouvir o tema numa telenovela, e a crescer exponencialmente. Depois, vieram as palavras de incentivo para ir mais alem e o interesse da editora.

MIP: Como define o disco?
Brito Ventura:
Um disco simples, honesto, feito com verdade…a banda sonora da minha historia de vida.

MIP: Alguns dos temas do disco tem integrado bandas sonoras de novelas portuguesas. É com agrado que vê a sua música dar vida a personagens?
Brito Ventura:
Seguramente, é uma sensação que tem tanto de estranho como de bom, pois, dá-nos a perceção que muito do que passamos, sofremos e vivemos, são também retalhos de outras vidas…simples, como a minha.

MIP: O tema “Até Sempre” já passou as 110 mil visualizações no youtube, prova de que chega a muitos ouvidos. Esperava tão bom feed back da parte do público?
Brito Ventura:
Confesso, que quando escrevi esta canção estava longe de imaginar que um dia, tantas pessoas fossem ouvir a minha música. É uma sensação única, quando fazemos algo despretensioso e percebemos que existem muitas pessoas a gostar.

MIP: Como surgiu a oportunidade de a banda “Os Desalinhados” o acompanharem neste disco?
Brito Ventura:
Conheci os Desalinhados em estúdio, durante o processo de gravação, e confesso que temi inicialmente pelas manifestas diferenças entre nós, todavia, percebi que a paixão pela música que nos une é em tudo superior as diferenças exteriores que nos encerram. Mais do que uma banda, os Desalinhados são um genuíno grupo de amigos.

MIP: Para quando concertos ao vivo?
Brito Ventura:
Vamos agora iniciar a promoção do álbum pelas lojas Fnac, com pequenos showcases, pelo que no dia 24 de Novembro estaremos na Fnac do Forum Almada pelas 17h, e nos dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro pelo grande Porto. 

MIP: “Até Sempre” é apenas uma edição pontual na música ou, no futuro, haverá novos projetos?
Brito Ventura:
Tudo dependerá do feedback das pessoas relativamente ao álbum, por mim eu continuarei as escrever canções e se as pessoas gostarem e houver interesse da editora, por cá continuarei desalinhado…

MIP: Como avalia atualmente a música nacional em Portugal e a abordagem da mesma por parte das rádios nacionais?
Brito Ventura:
Portugal é um pais rico em matéria musical, existe muito e verdadeiro talento revelado e por revelar, a problemática para mim reside nos meios de divulgação. Atente-se na dificuldade de um projeto desconhecido como nosso entrar em playlist nas “grande rádios” nacionais. Como explicar e compreender que uma canção simples como o Até Sempre, que no anonimato ultrapassou as 110 mil visualizações no youtube, não consiga obter espaço para passar, por exemplo numa RFM ou numa Radio Comercial, e por essa via lhe seja negado o direito a ser escrutínada pelo grande publico?! Enfim…factos que não fáceis de compreender, mas que seguramente não servem de ajuda para o emergir de novos projetos musicais em Portugal.
 

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