Carlos Bica nasceu em Lisboa no ano de 1958. A viver em Berlim, na Alemanha desde 1994, é um dos músicos e compositores mais reconhecidos no contexto europeu. A sua actividade estende-se a vários paises, da Ásia e Europa, incluindo Portugal onde se apresenta e grava com alguma regularidade, e contabilizando colaborações com vários músicos da cena internacional.
Estivemos à conversa com o músico irá atuar no próximo dia 5 de setembro no MagaFest ao lado de Norberto Lobo.
Carlos BICA e Norberto Lobo
Como surgiu esta sua paixão pelo contrabaixo?
A paixão pela música esteve sempre presente e foi esta que aos 18 anos de idade levou o contrabaixo a escolher-me.
Durante muito tempo acompanhou outros músicos. Tendo decidido depois lançar-se a solo. O que o levou a tomar esta decisão?
A necessidade de ter espaço para a minha criatividade e fazer a minha própria música.
A nível discográfico, encontra-se a preparar algo? Um novo álbum?
O trio Azul irá gravar ainda este ano um novo álbum (o sexto). Além disso, existem outros dois álbuns do Azul, ambos gravados ao vivo que serão editados muito em breve: Live in Ljubljana e Azul+OJM (Orquestra Jazz de Matosinhos).
No dia 5 de setembro atua no MagaFest. O que podemos esperar desse concerto?
Tocar com o Norberto Lobo tem sido, desde o nosso primeiro concerto, um enorme prazer. Desejo que este concerto, mais uma vez, nos surpreenda assim como ao público.
Carlos Bica “É bom saber que existem pessoas que, com um sorriso amigo, realizam aquilo que instituições culturais oficiais não conseguem”
Considera importante haver festivais alternativos como o MagaFest?
Sem dúvida! Sobretudo nos tempos que correm, difíceis para a cultura, é bom saber que existem pessoas que, com um sorriso amigo, realizam aquilo que instituições culturais oficiais não conseguem. Para além da diversidade musical e dum público jovem e interessado que faz a MagaFest ser o que é.
Como vê atualmente a música em Portugal? Considera que a nível musical hoje estamos melhor ou ainda há um longo caminho a percorrer?
A diferença de há 20 anos para cá é abismal, o balanço da cena musical em Portugal nos dias de hoje é muito positivo, existe cada vez mais uma vontade e necessidade de se ser autêntico e genuíno, ultrapassando o erro fatal de se copiar o que vem do estrangeiro.
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