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Entrevista | First Breath After Coma «Festivais como o Fusing e o Bons Sons são exemplos de quem acredita no que se faz por cá»

A banda First Breath After Coma irá apresentar o álbum de estreia – The Misadventures Of Anthony Knivet -, hoje (14 de agosto) no FUSING Culture Experience e dia 17 no Festival Bons Sons.
Em entrevista, a banda de Leiria falou-nos do que podemos esperar destes concertos, em festivais que apostam na música nacional.

MIP: Como surgiu a ideia de formar a banda? Já se conheciam todos aquando da formação?
F. B. A. C.: Já nos conhecíamos de outro projecto, por isso o início desta banda foi uma continuação do que vínhamos a fazer.

«Nós somos persistentes e tentámos criar a nossa própria identidade»

MIP: Surgiram no ano 2012 e desde aí tem conquistado público, prémios e a crítica. O que é que vos distingue das outras bandas do momento?
F. B. A. C.: Nós somos persistentes e tentámos criar a nossa própria identidade. Isso não nos distingue das outras bandas, é uma opinião que varia de pessoa para pessoa. No entanto, fomos surpreendidos e estamos felizes por aquilo que temos conquistado até agora.

MIP: A aceitação do público para com o vosso 1º disco – “The Misadventures Of Anthony Knivet“ – surpreendeu-vos?
F. B. A. C.: Ter o disco nas mãos era algo que ansiávamos há muito tempo. Não estávamos preocupados com a aceitação do público logo no nosso primeiro trabalho. Sem dúvida que esta resposta positiva por parte das pessoas tornou isto tudo muito mais especial e deixou-nos surpreendidos.

MIP: Integram o disco “Leiria Calling”, um disco só com bandas de Leiria, de onde são naturais. Leiria é “uma mão cheia” de boas bandas. De onde vem esta criatividade, talento, dinâmica musical? 
F. B. A. C.: Leiria tem bandas com grande qualidade que enchem mais do que uma mão. Este movimento tem crescido de ano para ano e resulta do esforço e dedicação de muitas pessoas da cidade. Para além das bandas com vontade de tocar e ir à luta, existem várias associações direcionadas para a cultura, a Fade In, a Eco, a Preguiça Magazine, a nossa editora Omnichord Records, são exemplos disso mesmo. A cidade torna-se muito mais dinâmica e criam-se oportunidades tanto dentro como fora dela.

MIP: Quais as vossas influências musicais?
F. B. A. C.: Tentamos nunca restringir o leque de artistas que nos influenciam, procuramos sonoridades novas e diferentes do que andamos a ouvir. No primeiro álbum, as influências mais fortes foram provavelmente, Sigur Rós, This Will Destroy You, Radiohead e os Explosions In The Sky (de onde provém o nosso nome). Neste momento, essas influências mantêm-se mas andamos a ouvir mais The Cinematic Orchestra, Ólafur Arnalds, Sleep Party People, um rap dos Sound Providers de vez em quando, entre muitos outros.

«Festivais como o Fusing e o Bons Sons são exemplos de quem acredita no que se faz por cá»



MIP: A 14 de agosto atuam no Fusing, festival na Figueira da Foz e dia 17 vão tocar ao festival Bons Sons, em Tomar. Dois festivais com grande aposta na música que se faz em Portugal. Consideram que faz falta haver mais aposta na música nacional?
F. B. A. C.: Achamos que a aposta na música nacional existe, mas por vezes é mal distribuída. Festivais como o Fusing e o Bons Sons são exemplos de quem acredita no que se faz por cá. Não devemos centrar a atenção somente na capital.

MIP: Para quem ainda não viu um concerto vosso, o que pode esperar?
F. B. A. C.: Pode esperar uma intensidade que tanto gostamos de transmitir ao vivo. Para quem gosta daquilo que fazemos e está habituado ao nosso cd, prometemos novas sensações e esperamos surpreender pela positiva.

MIP: Já atuaram fora de Portugal. Como foi a experiência? 
F. B. A. C.: Sim, já fomos ao Monkey Week em Espanha. Estávamos ansiosos por tocar fora de Portugal e a experiência não podia ter corrido melhor, deixou-nos com uma enorme vontade de regressar. Felizmente, é já em Setembro deste ano.

MIP: O que ambicionam enquanto banda?
F. B. A. C.: Continuar a fazer música, que é a melhor parte disto tudo, e levá-la até onde nos deixarem ir.

«estamos a trabalhar no segundo disco»

MIP: Projetos para o futuro?
F. B. A. C.: Para além dos concertos em Agosto e Setembro, estamos a trabalhar no segundo disco. Está numa fase inicial portanto é difícil de prever datas.

MIP: Como avaliam atualmente o mercado nacional e a música que por cá se vai fazendo?
F. B. A. C.: Apesar do aparecimento constante de novos artistas com qualidade em Portugal, a situação actual do país não permite que estes se afirmem no mercado nacional. Consequentemente, os poucos lugares que existem no mercado estão ocupados pelos artistas ligados às maiores editoras. O movimento que tem vindo a surgir em Leiria, através da Omnichord Records e da Fade In, mostra a boa música que se vai fazendo por cá. Exemplo disso, foi a compilação Leiria Calling lançada na Blitz de Julho deste ano.

MIP: Curiosidade: como surgiu o nome da banda?
F. B. A. C.: O nome da banda surgiu quando andámos à deriva, durante um ano, enquanto músicos. Nada corria bem, nada do que fazíamos nos fazia sentir realizados. Quando descobrimos o post-rock, através do tema first breath after coma dos explosions in the sky, as ideias começaram a surgiu e conseguimos traçar o nosso rumo. Daí o nome first breath after coma fazer todo o sentido. Foi um novo começo, uma nova oportunidade.

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