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Entrevista | Gil Monteverde “…podemos encontrar desde composições mais frias, distantes e arrepiantes passando por outras mais “alienígenas”, eletrónicas e sombrias, a outras mais coloridas, vibrantes e alegres”

Entrevista | Gil Monteverde editou este ano o seu primeiro EP: Arcturus.
Em entrevista falou-nos do seu gosto pela música eletrónica, das suas influências, dos seu EP, dos projetos para o futuro e muito mais.
Confira.


Made in Portugal: Vamos às apresentações para quem ainda não te conhece… Quem é Gil Monteverde?
Gil Monteverde: Gil Monteverde é um artista que acima de muita coisa, procura a inovação de uma forma criativa, complexa e líder, através da música eletrónica.

MIP: Como surgiu o interesse pela música eletrónica?
Gil: O gosto pela música eletrónica surgiu aos 10 anos quando ouvi “Blue” dos Eiffel 65 e “Better off Alone” de Alice DeeJay. O som era bastante diferente e bastante mais estimulante que a competição, na altura para mim. Lembro-me de passar horas à frente do rádio à espera que uma das duas passasse. O interesse na produção de música eletrónica veio mais tarde, aos 16 anos quando precisava de arranjar desculpas para faltar aos treinos de competição de natação. Foi quando soube que poderia fazer o mesmo que Eiffel 65 e Daft Punk.

MIP: “Arcturus” é o teu 1º EP. O que podemos encontrar neste EP?
Gil: Na verdade Arcturus é o meu 1º EP dentro do estilo que mais me identifico na música de dança, que é o complextro. Nele podemos encontrar desde composições mais frias, distantes e arrepiantes passando por outras mais “alienígenas”, eletrónicas e sombrias, a outras mais coloridas, vibrantes e alegres, sendo que nelas todas, percorre uma melodia e complexidade de cor que se distinguem.

MIP: Quais são as tuas referências musicais?
Gil: As minhas maiores referências musicais neste momento são sem dúvida Madeon, Porter Robinson, Mikkas e Dino Safari, como se pode verificar pelo traço deste EP e de futuras produções que vêm a caminho. Acho que todos eles têm um som muito inteligente.

MIP: Que planos tens para o futuro?
Gil: Eu sou muito mau em planos… Num plano mais próximo, pretendo continuar a produzir originais, remixes, colaborações, ter bons agenciamentos e promoção. Num plano não tão próximo, pretendo divertir-me ao máximo com o que faço e partilhar essa boa disposição com o mundo.

MIP: Com quem gostarias de partilhar a cabine?
Gil: Aphex Twin. Para além de ser o artista que de longe mais admiro, é o tipo de artista que pretendo ser… e acho que ao lado da arrogância dele em palco, até me saía bem!

MIP: O que se pode esperar de um espetáculo teu?
Gil: Com a pouca experiência que tenho, o meu melhor espetáculo teve música a variar entre o house, electro e dubstep, excelentes efeitos de luzes e pessoal a implorar à equipa da organização da festa para eu não sair da cabine quando estava na minha hora, por isso acho que o facto de procurar música séria e diversificada ajuda bastante a criar um ambiente que liga o público ao som.

MIP: Como vês o futuro da música eletrónica?
Gil: No bom caminho. A evolução da música acho que demonstra o contrário do que os nossos pais afirmam: “a música eletrónica é só uma moda”.
Com a evolução da tecnologia, mais concretamente agora do mundo digital, o transporte das nossas ideias para a pauta dá-se com um clique, pelo que o desperdício de energia no processo criativo em relação a anos atrás é muito menor. Um sintetizador hoje em dia distorce a mais pura onda matemática de som, naquilo que queremos e imaginamos. Acho que Mozart nunca sonharia que um som contínuo no tom, largaria tantas endorfinas como o dubstep de hoje em dia…
Hoje já não se fala apenas de melodia acústica (variantes da clássica, pop, rock, reggae, metal, blues, etc), mas também em modulação de som (idm, breakcore, electro, dubstep, electronica, drum’n’bass, psy-trance, etc) e na junção das duas. Estou empolgado para ver a tecnologia desvendar os segredos mais íntimos de cada artista, e ouvir melodias e sons cada vez mais genuínos.

MIP: Como avalias atualmente a noite em Portugal?
Gil: Há pontos negativos em qualquer lado, se bem que cá em Portugal eles parecem ser amplificados em certos aspectos, e quem sai menos beneficiado acabam por ser os artistas com qualidade, ambição e mente positiva, que deixam este negativismo meter-se no seu caminho uma ou outra vez. Os pontos positivos é que se começa a aceitar cada vez mais estilos musicalmente mais elaborados que dantes eram tidos como alternativos, como trance, progressive, electro, dubstep, drum’n’bass, etc…

Acompanhe Gil Monteverde em:
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