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Entrevista | The Happy Mess “…acreditamos que o nosso projeto é diferenciador o suficiente do que se faz atualmente em Portugal”

Os The Happy Mess, são uma das mais recentes revelações da música nacional.
“October Sessions” é o EP de estreia da banda.
Rui Costa, teclista da banda, em entrevista falou-nos da história de formação da banda, do EP de estreia e dos projectos para o futuro. Confira.

Made in Portugal: De quem foi a ideia de criar os The Happy Mess? Porquê?
The Happy Mess: Os  The Happy Mess tiveram o embrião numa banda que alguns elementos dos Mess tiveram nas suas adolescências, em Valpaços. Em Setembro de 2010 essa banda foi convidada a tocar num festival de antigas bandas que existiram no início da década de 90. Após esse festival percebemos que queríamos continuar a fazer canções e a toca- las ao vivo.

MIP: Desde a criação do grupo, há cerca de um ano, já lançaram um EP, alguns vídeos e iniciaram uma tour – o que é pouco usual na atualidade das novas bandas que demoram mais tempo a realizar estas atividades. Foi uma opção pensada ou as oportunidades foram surgindo?
THM.: Após esse concerto em Setembro de 2010, as coisas começaram a acontecer muito depressa e daí até ao EP “October  Sessions” foi um pulo. Após a saída desse EP fomos convidados para tocar no SuperBock SuperRock e começamos a perceber que a realização de uma pequena tour para apresentação desse EP se impunha! Concomitantemente tivemos a sorte de ter alguns realizadores amigos, como o José Maria Cyrne da Wiseguys o Miguel Meneses da Noticias do Parque…e uma produtora, a Krypton Films, através dos realizadores Augusto Fraga e André Gouveia  que fizeram o favor de nos presentear com os vídeos que acompanham algumas musicas  do “October Sessions”.

MIP: Têm backgrounds pessoais e profissionais bastante distintos. Utilizam esse facto como influência nas vossas composições? 
THM.: Não de forma direta, mas é claro que as nossas vivências pessoais e profissionais, mesmo que de forma inconsciente, se manifestam nas nossas composições.

MIP: Estão desde o início do ano em digressão. Como tem sido o feedback do público em relação a vocês? 
THM.: Temos ficado agradavelmente surpreendidos com a recepção que estamos a ter nos vários locais por onde temos passado. O facto do nosso single “Morning Sun” estar a rolar nas principais rádios nacionais ajuda nesse sentido. A interação com o público tem sido uma constante e os concertos têm sido de uma enorme energia.

MIP: Têm recebido elogios de grandes vultos da música internacional. Sentem que o mercado lá fora está mais receptivo à vossa música que o nacional? 
THM.: Na realidade temos recebido esses elogios, que nos dão um alento especial para continuar a fazer canções e a seguir o nosso caminho no sentido de apurar cada vez mais a nossa sonoridade. Claro que o mercado internacional tem outra abertura às coisas novas, sendo que o português é mais conservador. O facto das nossas musicas serem cantadas em inglês também pode ser um entrave no mercado português, mas acreditamos que o nosso projeto é diferenciador o suficiente do que se faz atualmente em Portugal e que isso também é uma mais valia.

MIP: Pensam em expandir-se além fronteiras?
THM.: Primeiro queremos dar a conhecer o nosso trabalho cá dentro. Ainda há muito a fazer. Neste momento estamos a ultimar a gravação do nosso primeiro LP, no qual apostamos muito e talvez um dia, quem sabe, possamos passar as fronteiras.

MIP: Que outros projetos ou desejos têm para o futuro da banda?
THM.: Como disse, neste momento, estamos na fase de misturas do nosso primeiro longa duração que deverá estar cá fora em Setembro. Antes disso, no final do mês de Maio, início do mês de Junho sairá o single, ou quem sabe, os singles, desse disco.
Ao mesmo tempo estão a ser trabalhadas algumas surpresas que vêm associadas a este LP. Da mesma forma vamos continuar os concertos, alguns ainda são surpresa, e a mostrar pelo país as músicas do LP que se vai chamar “Backyard” e do “October Sessions”. O nosso desejo passa por divulgar as nossas canções e conquistar cada vez mais público para os nossos concertos ao vivo. Queremos muito continuar a fazer musica.

MIP: Para quem ainda não vos conhece que música sugerem para vos começar a ouvir.
THM.: Talvez o “Morning Sun” seja um bom começo. Para quem quiser conhecer um pouco do futuro LP sugiro a ida a um concerto ao vivo para entrar no nosso “Backyard”.

MIP: Como definem atualmente a música em Portugal?
THM.: Neste momento parece estar a haver um novo “boom” no que toca a novos projetos nesta área. Estão a acontecer coisas muito interessantes, o que faz com que seja muito excitante estar a viver por dentro esta nova fase da música em Portugal. Os The Happy Mess estão prontos para o desafio e continuam a trilhar o seu próprio caminho.

Fotos: Rita Carmo
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