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Entrevista: Ludgero Rosas
Pianista, cantor e compositor, nasceu no Porto a 10 de Junho de 1981. Começou a tocar piano aos 10 anos. Participou em varias bandas na adolescência e foi assim desenvolvendo as suas capacidades musicais entre o mundo académico do conservatório, onde concluiu os estudos de piano, formação musical e composição e o meio das bandas fundamentalmente de Rock e Blues que participou. Era um jovem apaixonado por bandas como Deep Purple, Yes, Led Zeppelin entre outras e também com uma forte admiração por Frank Zappa. Mais tarde aos 22 anos participa num prestigiado programa televisivo, onde teve o privilégio de estudar canto com Paula Oliveira, Helena Vieira e Maria João. Marcou logo aí a sua originalidade como interprete. Desenvolve desde então um trabalho como pianista e cantor em espetáculos a solo num formato mais intimista e também acompanhado com banda. O interesse por outras sonoridades é cada vez mais evidente, e vai desde Jazz e interpretes como Ray Charles que elege como um dos seus favoritos até à música indiana onde se fascina por Ravi Shankar. 
Made In Portugal: Como chegou até ao Mundo da música?
LUDGERO ROSAS: Eu com dez anos comecei a tocar piano, porque o meu pai também foi músico durante muitos anos e incentivou-me a aprender piano aos 10 anos. Entretanto, por volta dos 14 comecei a interessar-me mais pela guitarra, naquela altura da adolescência, mas rapidamente me saturei e voltei outra vez ao piano e depois dai toquei sempre piano até hoje.

MIP: Cantar foi o que sempre ambicionou fazer ou tinha outro sonho?
L. R.: Nunca tive mais sonho nenhum. Sempre ambicionei tocar e cantar. Principalmente tocar, porque eu começo por tocar piano e o cantar vem um bocadinho mais tarde. Sempre foi o meu sonho estar dentro da música a fazer fosse o que fosse.
MIP: Chegou a participar em bandas de garagem?
L.R.: Sim. Na adolescência tive algumas bandas de originais. Já na altura fazíamos os nossos originais o que é muito engraçado, porque as bandas de garagem na adolescência investem muito na música original. Na altura também passei por essa fase da minha vida com 16, 17 anos.
MIP: Qual a importância da música na sua vida?
L.R.: A música não tem uma importância, a música é a minha vida. Tirado família e amigos, claro que são importantíssimos, sem eles também não havia tanta alegria e felicidade em alguns momentos da minha vida, mas é para a música que eu vivo e é com a música que eu vivo.
MIP: A passagem pelo programa Operação Triunfo da RTP1 em 2003 foi a rampa de lançamento para lançar o seu 1º álbum de originais?
L.R.: Não, não teve mesmo nada a haver. Está longe de ser rampa de lançamento de disco de originais, mas foi um incentivo, sem dúvida.
MIP: Porque o objetivo de lançar o álbum sempre existiu?
L.R.: Sempre existiu claro. Todo o cantor ambiciona um dia fazer a sua música, acho eu, mas a Operação Triunfo na altura veio mais como um incentivo, foi como uma confirmação que realmente era isto que eu queria.
MIP: O programa foi uma forma de aprender, evoluir, ter mais conhecimentos para chegar até ao 1º álbum?
L.R.: Não, de todo, não há grande relação.
MIP: Foi uma experiencia apenas?
L.R.: Sim foi uma experiencia e funcionou muito bem a nível do apoio académico e pedagógico que o programa oferece, mas não teve nenhum tipo de relacionamento com este disco, até porque a nível de crescimento musical, devo muito mais aos 8 anos de estudos no conservatório, de piano e composição, do que propriamente a um programa de televisivo durante três meses.
MIP: O que é que podemos esperar deste álbum de estreia que sairá em Outubro?
L.R.: Podem esperar o reflexo de alguns anos de trabalho e de procura, de pesquisa e de descoberta de uma sonoridade. O que não é fácil porque, mais do que gravar músicas e fazer canções, há depois uma busca de uma sonoridade própria, tanto como interprete, mas também nos arranjos musicais em que o projeto está inserido, para não ser mais um projeto para ter algo que o destaque um pouco mais um dos outros, não por ser melhor, nem pior, mas por ter uma sonoridade diferente, em algumas coisas. Por isso, acho que podem esperar um trabalho original.
MIP: Antes de trabalhar para este primeiro disco, o que fazia a nível de música?
L.R.: Antes de fazer este disco, faço coisas que ainda vou fazendo, embora esteja numa fase de transição do que tenho feito e do que vou começar a fazer. Fiz um circuito enorme durante 8 anos de bares, hotéis, casinos, também alguns eventos privados e espetáculos ao ar livre para instituições e Camaras Municipais, mas sempre com covers e realmente as coisas chegam a um ponto que não conseguem andar mais para a frente porque não há música original. Então agora vou continuar com o caminho que falta percorrer.
MIP: Alguns dos temas serão escritos e compostos musicalmente por si?
L.R.: Sim. As músicas são todas minhas, são 10 temas originais, tudo em português. As letras são de um escritor de Leiria, com alguns livros editados, o Miguel Reis.
MIP: Iremos ouvi-lo muitas vezes a tocar piano, seja no álbum e futuramente em concertos?
L.R.: A minha imagem e a minha performance será sempre piano e voz, sempre sentado ao piano, embora, eventualmente numa outra fase dos espetáculo possa soltar-me do piano mas quase sempre vou estar no piano. Faz parte de mim o piano.
MIP: Quem gostavam de convidar para participar, por exemplo, num dueto?
L.R.: Embora tivesse algumas oportunidades de o fazer, optei por não fazer nenhum tipo de dueto, porque sendo uma estreia não quis que com isso parece-se uma coisa forçada, então optei por não ter nenhum tipo de dueto, mas se calhar num segundo disco vem uma participação especial.
O único grande dueto que eu já fiz na minha vida, foi com o Jorge Palma no tempo do programa televisivo. É subjetivo, mas há certas pessoas que eu gostava de ter um dia numa participação de dueto, o Jorge Palma é um deles, o Rui Veloso, Sara Tavares…
MIP: Como define a música em Portugal?
L.R.: A música em Portugal está um bocadinho, quase como tudo o resto, está um bocadinho perdida e formatada para certos tipos de situações só. Há coisas que são bastante promovidas e que são tudo menos música, há outras que são música e andam no anonimato e sem apoios nenhuns.
O que eu acho é que ao contrario do que as pessoas pensam, Portugal não é um país em que as pessoas não aderem a certos géneros de música, não é verdade. Temos público para todo o tipo de música.
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