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Miss Lava — “Sonic Debris” tem «uma camada mais psychy»
“Sonic Debris”, o terceiro longa duração dos Miss Lava, com lançamento mundial pela norte americana Small Stone Records. Estivemos à conversa com a banda que nos falou do novo álbum, os 11 anos de carreira e dos projetos para o futuro.
miss lava-band rock-entrevista-photo-Andre Cardoso

Miss Lava

 

Alguma razão em especial por terem estado algum tempo sem editar um novo álbum?
Muitas! O último álbum teve duas edições, uma primeira nacional e outra, um ano depois, internacional. Isso fez que com que o disco tivesse dois lançamentos em termos promocionais. Se na primeira fase fizemos muitos concertos em Portugal, na segunda começámos a promover o álbum lá fora, com tours na Alemanha, Espanha e Reino Unido. O eco da edição internacional também nos levou a alguns festivais cá dentro como o Super Bock Super Rock ou o Reverence Valada. Pelo meio tivemos uma mudança de line-up. Demorou um pouco, mas quando encontrámos o Ricardo tudo encaixou no seu lugar e conseguimos focar-nos em fechar o disco. Depois, fomos “apanhados” na agenda da editora. O disco está gravado há um ano, mas só agora saiu. Mas o que interessa é que o tempo foi nosso aliado. Estamos muito contentes com o disco.

O facto de assinarem contrato discográfico com a editora norte americana Small Stone Records foi o impulso necessário para pensarem num novo disco?
O contrato com a SSR já existia desde o segundo disco, apesar desse disco ter saído primeiro em Portugal pela nossa editora do coração, a Raging Planet. Mas é claro que sendo o “Sonic Debris” o primeiro a ser totalmente feito com a SSR pode ter dado um impulso motivacional extra em termos de composição.

A banda experimentou muito mais neste disco do que nos anteriores

Em relação aos álbuns anteriores, que aspetos mais destacam deste novo trabalho, “Sonic Debris”?
“Sonic Debris” é provavelmente o disco de Miss Lava que mais soa a Miss Lava. O processo criativo foi muito aberto, todos participaram ativamente nas músicas com ideias. Isso deu mais diversidade ao material. Acho que a banda experimentou muito mais neste disco do que nos anteriores. Tem uma camada mais psychy que, apesar de sempre ter estado nos ensaios, nunca tinha sido tão evidentemente cá para fora como neste disco. E tem coisas como a nossa primeira música acústica. Por isso, acho que o há a destacar é mesmo o facto de a banda estar a explorar novos territórios sonoros. E estar a divertir-se muito com isso.

O que é que mais vos influenciou na composição das canções?
Acho que o que mais nos influenciou foi mesmo o facto de cada membro da banda ser mais ativo na composição, trazendo novas ideias para cima da mesa. Pode parecer estranho, mas foi um drive gigantesco ter o Cuca a saltar da bateria, sacar de uma guitarra e mostrar riffs. Ou ver o João dizer “eh pá, tenho aqui uma ideia” e começar a cantar aquilo que depois se transformou no “I’m The Asteroid”. E quando o Ricardo entra na banda, isso então trouxe todo um novo mundo de inspiração. Logo nos primeiros ensaios dele, ele saca o riff que faz a “Fangs of Venom”… Havia toda uma nova banda, uma nova dinâmica de Miss Lava por explorar, e isso foi o que mais nos influenciou.

Nos próximos tempos por onde irão atuar?
Temos vários concertos marcados em Portugal, alguns em clubs e muitos em festivais alternativos como Bardoada e Ajcoi no Pinhal Novo ou o Faro Alternativo. Outros festivais ainda serão revelados. No ano que vem, vamos centrar as nossas atenções em tours lá fora.

Darem-se a conhecer mais lá fora é um dos vossos principais objetivos?
Sim. Já tocámos nos EUA, UK, Espanha e Alemanha, mas ainda não fizemos uma tour europeia, por exemplo. Esperamos que isso aconteça neste disco.

Fazemos a música que queremos, temos memórias excelentes de concertos ao vivo…

Que avaliação fazem dos vossos 11 anos de Miss Lava?
É tão estranho quando as pessoas nos perguntam isso… A gente nem se apercebeu que já tínhamos uma década. A avaliação é a melhor possível – fazemos a música que queremos, temos memórias excelentes de concertos ao vivo, fizemos muitos amigos ao longo destes anos e, esperamos fazer ainda mais nos próximos 11.

Sentem que Portugal já começa a ter mais espaço para bandas mais heavy e inclusive a dar mais valor ao que é nacional, ou consideram que ainda há um longo caminho a percorrer?
Acho que já existe espaço e existem cada vez mais bandas com qualidade. Prova disso são festivais como o Reverence Valada, o Sonic Blast Moledo, o Sound Bay, o Rock D’Ouro, o aparecimento de casas como o Canecas em Paços de Ferreira ou o Sabotage em Lisboa, a continuação do Stairway em Cascais e do Bafo de Baco em Loulé, e também do aparecimento de bandas como Sulfur Giant, Big Red Panda ou os The Black Wizards.

Ouve “Sonic Debris” dos Miss Lava

 

 

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