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Moonspell «É um disco mais melódico, mais gótico, muito mais insinuante»
Moonspell

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O Made in Portugal esteve à conversa com Fernando Ribeiro, dos Moonspell, que nos deu a conhecer o novo álbum da banda “Extinct”.
Oiça a entrevista no vídeo que se segue.

 

Entrevista realizada por Pedro Pico

> Sobre o documentário de Moonspell

No dia 25 de Fevereiro o cine teatro São Jorge em Lisboa acolheu a ante estreia do documentário “Road to extintion” que acompanha o mais recente longa duração dos Moonspell “Extinct”. A introdução foi feita com todos os elementos da banda e o realizador Victor Castro a explicarem a motivação e processo que conduziram à produção do documentário. Segundo o vocalista Fernando Ribeiro são abordados três aspetos: uma definição e contextualização por parte de especialistas sobre o conceito de extinção; a documentação da gravação do disco; e, finalmente, as sinergias existentes entre os elementos da banda e como é o seu dia-a-dia durante as gravações. Victor Santos salientou ainda a total liberdade que teve para capturar os momentos, mesmo em situações menos óbvias de serem documentadas como por exemplo um jantar da banda.

Feita a introdução, a plateia bem recheada teve a oportunidade de visualizar a pelicula de cerca de 80 minutos. A narrativa do documentário tem início em Lisboa com a banda a ensaiar temas no seu estúdio, enquanto que uma voz off define o conceito de extinção. A banda segue então para a Suécia onde durante cerca de um mês aperfeiçoa e unifica todos os detalhes e arranjos de canções em bruto com a ajuda do produtor Jens Bogren. É fácil entender o porquê do título “Road to extintion”, visto que este encaixa que nem uma luva à narrativa de um filme que documenta o caminho percorrido pela banda até ao disco “Extinct”, ao mesmo tempo que, paralelamente, apresenta testemunhos de professores Universitários que definem o que representa a extinção de uma espécie do ponto de vista cientifico e emocional.

Durante o filme é nos possível entrar dentro do mundo desta família que são os Moonspell, vendo-os tanto em momentos lúdicos como durante refeições ou a passear pela Suécia, como durante as gravações em que têm de repetir durante vários takes as partes dos seus instrumentos. O humor de Aires Pereira, o sarcasmo de Ricardo Amorim e a naturalidade de Pedro Paixão e Miguel Gaspar acompanham o pensamento de Fernando Ribeiro, complementando-o. O documentário permite ainda ao público que menos contacto tem com o processo de gravação, perceba o perfeccionismo, resistência e espirito de sacrifício necessários para que se chegue a um produto final de qualidade. Não, um disco não se grava com todos os músicos a tocarem em conjunto numa sala, mas sim com cada um dos músicos individualmente a tocarem as suas partes para que estas fiquem perfeitas. Em todo este processo é o produtor que serve de linha mestra, motivando e reunindo todos os pedaços de forma a unificar todos estes sons em músicas.

O fim do documentário dá-se como regresso da banda ao seu país Natal para se apresentar ao vivo na noite de Halloween. É assim na transição da fase estúdio para a fase ao vivo que termina o documentário, deixando água na boca para uma possível continuação, desta vez durante uma digressão da banda.

Texto: Pedro Pico
 
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