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Entrevista | Pucarinho

«Pucarinho» é um projecto musical em português nascido em Évora  em Setembro de 2008.

A sua sonoridade abrange blues, jazz, clássico e até alguns momentos de rock aliados a letras poéticas e próximas da realidade das pessoas.

Depois do E.P de estreia – “o quarto de vidro na cidade de pedra”-  Pucarinho apresenta o seu novo trabalho, o álbum “Na rua Amarela” – editado por Vachier e Associados –  o qual contém 14 temas inéditos com participação de três músicos convidados.

O Made In Portugal esteve à conversa com Luís Pucarinho, o mentor do projeto. Confere.

Made In Portugal – Se ninguém o tivesse ouvido tocar no “seu quarto de vidro”  acredita que os Pucarinho existiriam?


Luís Pucarinho – Sim, acredito… se não fosse por alguém me ouvir e impulsionar no sentido de mostrar isto ao mundo, seria por vontade dos amigos músicos que desde sempre quiseram vestir a camisola Pucarinho.

MIP- A opinião das pessoas foi (e é) importante para o percurso da banda?


LP- A opinião das pessoas é o mais importante, são elas que gostam ou não, que compram discos , que vão aos concertos e com isso contribuem muito para a sustentabilidade desta ideia

 MIP- O mais recente trabalho “Na Rua Amarela” é largamente influenciado pelo Alentejo com enfoque especial nas letras.  Foi um processo demorado escrever os temas?


LP- Alguns mais que outros. O trabalho feito “Na rua amarela” conta com registos que na sua totalidade levaram um ano e pouco a conseguir. Gravados em casa e sem intenções de edição. No entanto surgiu a oportunidade de editarmos os temas através de uma outra entidade (Vachier & Associados) e assim foi e resultou neste disco que ainda estamos a levar para a estrada e que já tivemos a felicidade de o  apresentar por todo o país, alguns programas televisivos, por Espanha, França e Itália.



 MIP-  A nível de sonoridade, é certo que tem um passado muito ligado à música e aos instrumentos, mas procura trazer essas influências para os Pucarinho ou gosta de ir inovando e procurando diferentes estilos?


LP- Gosto de reinventar a música portuguesa e se possível desviar-me das tendências de mercado mas isso exige algum jogo de cintura porque é do mercado que vivemos.

Em relação aos estilos que abordamos, gosto de mudar, se possível de disco para disco… não propriamente o estilo, mas a interpretação e cor tímbrica dos instrumentos usados. Gosto de seguir timbricamente a temática do disco.

 MIP- No início estavam no quarto, depois saíram à rua. Qual será o próximo passo dos Pucarinho? 


LP- O próximo passo está a ser registado neste momento. Ainda sem um nome que resuma a ideia / sentimento que transportam os novo temas, posso avançar que será um trabalho diferente do primeiro, sobretudo na interpretação, na sonoridade do disco e desta vez para ir da rua ao mundo inteiro

MIP- Como define atualmente a música em Portugal? 


LP- Por cá se faz do que há de melhor no Mundo, não desfazendo outras naturezas. Na minha opinião há muito trabalho a fazer para melhor educar o público. Valorizar a música portuguesa tem que deixar de ser coisa que só se vê lá fora. Temos uma riqueza cultural que está ainda muito aquém de ser bem explorada no sentido de ser valorizada, sustentabilizada, que para isso será necessário ser reconhecida.

Acompanhe a banda em: 
http://pt.myspace.com/pucarinho 

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