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Entrevista | Surma — o projeto one womanband de Débora que deve conhecer

Surma é o projeto one woman band de Débora Umbelino. Tem 21 anos e é de Leiria. Domina teclas, samplers, cordas, vozes e loop stations em sonoridades que fogem do jazz para o post-rock, da electrónica para o noise e nos levam para paragens mais ou menos incertas, com paisagens desconhecidas e muito prazer na viagem.
Há umas semanas lançou o seu primeiro single “Maasai”. Tema que veio “aguçar o apetite” para o primeiro disco que se encontra a preparar e que sairá no início do próximo ano.

surma_maasai_1_ Eduardo Brito

Surma

Surma é uma miúda estranha

Para quem não te conhece, quem é Surma?
Eu costumo dizer que Surma é a essência verdadeira da Débora. Quer fazer música onde se sinta num mundo só dela e fazer transparecer isso às outras pessoas. No fundo, Surma é uma miúda estranha (risos).

E porque o nome Surma?
O nome Surma veio através de um documentário que eu estava a ver na altura em que era sobre tribos indígenas em que uma dessas tribos se designava Surma. O nome ficou-me de tal maneira no ouvido que senti que tinha que ser aquele. Risquei todas as minhas outras ideias e acabou por ficar.

O fim da banda Backwater & The Screaming Fantasy, da qual fizeste parte, foi o click para lançares o teu projeto a solo?
Pode-se dizer que sim. O motivo pelo qual saí da banda foi por estar em Lisboa e não conseguir conciliar muito bem ensaios e concertos. Por esse mesmo motivo ia fazendo umas melodias acolá e juntando uns tantos riffs de sintetizador/guitarra/baixo e ia gravando estas mesmas ideias no telemóvel, o que levou passado uns meses depois a agarrar essas ideias a sério e começar a dar vida a Surma.

Este tema [Maasai] tem um significado muito importante para mim

Recentemente lançaste o teu primeiro single “Maasai”, fala-nos deste tema.
Este tema tem um significado muito importante para mim, pois foi o primeiro tema que fiz enquanto Surma. Deu-me uma alegria imensa quando o acabei e sempre me disse muito. Quando o toco ao vivo costuma dar-me arrepios (risos) talvez por ter estado sempre presente desde o início de Surma.

Encontraste a preparar o teu primeiro disco. O que nos podes já desvendar?
Posso desvendar pouca coisa, que nem eu mesma sei o que virá (riso). No que tenho em mente podemos esperar um disco mais eletrónico e com umas colaborações muito boas. De momento é só o que posso adiantar.

Ainda nem acredito muito bem nisto que anda a acontecer

Nos últimos meses deste uma série de concertos em Portugal e Espanha. Como correram?
Correram muito bem, tem sido uma viagem mesmo boa! Nunca pensei que corresse tão bem. O público foi espetacular, os espaços, ambiente, a organização, tem sido tudo um sonho. Eu ainda nem acredito muito bem nisto que anda a acontecer.

Particularmente em Espanha, como foste recebida? Surpreendeu-te algo no público espanhol?
Fui muito bem recebida, o público foi espetacular. Apoiou imenso os artistas, muito hospitaleiros e humildes com todos. Adorei a experiência.

No dia 14 de julho atuas no Palco EDP no Super Bock Super Rock. O que podemos esperar desse concerto?
Podemos esperar um concerto muito diferente do habitual, vou juntar umas coisas novas, umas surpresas pelo meio e muitos nervos à mistura da minha parte.

 

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