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Vilão «As coisas demoram tempo a cimentar. Para já estou contente com o percurso» [Entrevista]
O rapper Vilão estreou-se nos registos discográficos em novembro do ano passado com o álbum “Mau da Fita”. Em entrevista ao nosso site o rapper falou-nos deste álbum — que conta com várias participações: DJ Ride, Blasph, Bispo, Harold, Mike El Nite, IHenry e o falecido Short Size; bem como dos projetos para o futuro.
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Rapper Vilão

Vilão — “O disco teve uma receção incrível”

Em novembro do ano passado editaste o teu 1.º álbum. Quase um ano depois que avaliação fazes do disco?
Já um ano!! Este ano foi um ano cheio! Nem dei por ele a passar! O disco teve uma receção incrível por parte da malta que me segue e que me ouve. Consegui marcar imensas datas de norte a sul e olhando para trás continuo orgulhoso do trabalho feito. Continuo a identificar-me com as sonoridades e com os temas presentes no disco.

O disco reúne várias participações, como DJ Ride, Blasph, Mike El Nite, entre outros. Como surgiram essas colaborações? Já os conhecias a todos?
As colaborações surgiram de forma natural. No decorrer do processo de produção e criação do disco fui achando que fazia sentido ter mais pessoal a abrilhantar a cena em certas faixas e chamei a malta que eu conhecia, claro.

Desde a sua edição que o disco está disponível para download gratuito. Porque esta opção? Foi uma forma de tentares chegar ao maior número de pessoas?
Exatamente. Eu tinha pouca música lançada antes de soltar o “Mau da Fita” e pareceu-me a melhor opção para conseguir chegar a mais público que ainda não me conhecia. Acabei por fazer também o formato físico do disco que continuo a vender via facebook e mão-a-mão.

Para além do single “Controlo”, o tema “X” tem tido bastantes elogios. No youtube já ultrapassou as 110 mil visualizações. Surpreendeu-te este sucesso, em particular?
Fico sempre contente por saber que o meu trabalho é ouvido por alguém regularmente. Acho que todos os músicos hoje em dia olham um bocado para as suas visualizações nos canais de distribuição. Os números ainda não estão onde eu quero que estejam, mas as coisas demoram tempo a cimentar. Para já estou contente com o percurso.

Para breve haverá novidades? Novo tema ou já pensas num novo disco?
A partir de setembro vou começar a trabalhar no novo disco. Já há muitas ideias, sonoridades, instrumentais e temas na calha.

Quais são as tuas ambições no mundo da música?
Conseguir viver disto, pisar grandes palcos, trabalhar com as pessoas que admiro… Quero tentar fazer sempre mais e melhor.

És membro fundador da editora independente/colectivo Astro Records. Como estão a correr as coisas?
Estamos numa fase de transição. Ainda estou a definir o futuro e o rumo das coisas, mas posso dizer que o pessoal que veste a camisola tem muita qualidade.

Vilão — “O hip-hop em Portugal está a passar por uma fase incrível”

Como vês atualmente o hip-hop em Portugal?
O hip-hop em Portugal está a passar por uma fase incrível. Há festas todos os dias, há muito público e espaço para crescer. O pessoal que vive a cultura ajuda-se muito entre si e acho que é isso que faz com que as coisas se tenham desenvolvido até este ponto. Há artistas nos principais festivais do pais e a passar nas rádios, é um sinal de saúde.

Curiosidades:
Porque intitulaste o teu disco com o nome “Mau da Fita”?
“Mau da Fita” é quase um a.k.a do meu nome de artista. Uma extensão. Às vezes vejo-me um bocado como o mau da fita.

Porquê o nome Vilão?
O nome Vilão vem dos meus tempos do graffiti. Na altura escolhi esse tag para mim e mantive-o até aos dias de hoje.

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