Faleceu Marco Paulo, esta quinta-feira, aos 79 anos. O cantor lutava há vários anos contra o cancro.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, emitiu uma nota onde informa que “recebeu com pesar a notícia” do artista português. Um cantor “que esteve presente na vida musical portuguesa longas décadas”. Na nota publicada no site da Presidência apresenta “os seus sentimentos à família, amigos e admiradores“.
Ao fim de quase trinta anos de lutas contra doenças oncológicas; tendo sido diagnosticado pela primeira vez com cancro do abdómen em 1996. No ano de 2020 descobriu que tinha cancro da mama e dois anos depois recebeu o diagnóstico de cancro do pulmão. Recentemente havia sido diagnosticado com cancro do fígado.
Nascido em Mourão, no Alto Alentejo, a 21 de janeiro de 1945, João Simão da Silva somou sucessos ao longo de mais de 50 anos de carreira; “Taras e Manias”, “Nossa Senhora”, “Maravilhoso Coração” e “Eu Tenho Dois Amores”.
Em 1967 concorreu ao Festival da Canção, na altura designado por Grande Prémio RTP da Canção, apresentou ainda programas de televisão, sendo o último “Alô Marco Paulo”, apresentado pelo próprio e Ana Marques. O ano passado a OPTO da SIC lançou uma série biográfica sobre Marco Paulo.
O director de programas da SIC deixou nas suas redes sociais a seguinte mensagem de homenagem:
«Obrigado, Marco! Quis cantar até ao fim, quis fazer o programa até ao fim. Quis receber todos até ao fim. Quis ser tudo até ao fim. Rimo-nos todas as vezes em que estivemos juntos. Todas mesmo, até nas últimas. Desafiou todos os terríveis diagnósticos que teve ao longos de 3 décadas e manteve-se fiel à pessoa que sempre foi. Nunca consensual, até porque raramente não dizia o que lhe vinha à cabeça, o que poderia ser bastante desconcertante. Tinha uma autoestima aprumada pelo tremendo sucesso que o tornou o mais popular dos cantores em Portugal, mas no fundo e até ao fim só queria ser gostado, ter atenção. O programa que fizemos na SIC trouxe-lhe o entusiasmo de ter a sua casa cheia de gente todas as semanas, de estar em contato com o seu público e deu-lhe uma parceira, a Ana, e uma equipa a que chamava de família e a quem vai deixar muitas saudades. Tinha uma voz portentosa e inimitável, que ficará viva, num legado ímpar que deixa ao cancioneiro popular português.
A SIC honra a sua memória e estamos-lhe gratos por tudo o que fizemos juntos. Uma palavra para os seus mais próximos, que tudo fizeram até ao último momento para que fosse em paz o seu Maravilhoso Coração».