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Faleceu a cançonetista Maria José Valério
Faleceu hoje, aos 87 anos, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Maria José Valério, vítima de covid-19, disse fonte da Casa do Artista.

A cançonetista estava internada desde o dia 20 de fevereiro na sequência de um surto, com o novo coronavírus, na Casa do Artista, em Carnide, Lisboa.

Maria José Valério - Sporting

De seu nome completo Maria José Valério Dourado, nasceu a 3 de maio de 1933 na Amadora e protagonizou êxitos como a “Menina dos telefones”, “Olha o Polícia Sinaleiro” e “As Carvoeiras”.

A artista era um dos nomes mais acarinhados no Sporting Clube de Portugal, por dar voz à marcha “Viva o Sporting”, uma das canções leoninas mais entoadas pelos seus adeptos.

Numa nota publicada no site do clube, os leões manifestam “o seu pesar“, referindo a “Voz inconfundível e imagem singular” como era artisticamente conhecida.

Lembraram que “a artista, Sportinguista de coração, marcava presença em Alvalade sempre que podia e participava em várias das festas Leoninas espalhadas pelo País“.

Aos familiares e amigos, o Sporting CP manifesta o seu mais profundo pesar, não deixando de enaltecer e agradecer os anos de amor e dedicação ímpar de Maria José Valério ao Clube“.

O percurso da cançonetista é vasto, tendo passado pela Emissora Nacional e conquistado notoriedade pela sua interpretação de marchas que ficaram celebres.

Sobrinha do compositor Frederico Valério (1913-1982), desde a década de 1950 que participava em espetáculos de variedades da Emissora Nacional, assim como em emissões experimentais da RTP, na Feira Popular, em Lisboa. Além de cantar também participou em séries televisivas.

Em 1962, casou-se com o matador de touros José Trincheira, numa cerimónia que foi transmitida na RTP e celebrada pelo então cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Cerejeira, na igreja do Mosteiro dos Jerónimos. Anos mais tarde, o casal separou-se.

O município de Lisboa e o da Amadora homenagearam a artista em 2004 com a Medalha de Mérito da Cidade de Lisboa, grau ouro. Em 2009, o seu nome foi atribuído ao centro cultural da freguesia da Venteira, na Amadora.

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