Piruka revela novos temas antes dos concertos que irá dar este mês nos Coliseus: “Vida de Barão” e “Sinais”.
O rapper irá atuar no dia 20 de janeiro no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e no dia 27 de janeiro no Coliseu do Porto.
Piruka – Vida de Barão [LETRA]
Faço uma, fumo a bula, não há muito p’ra fazer
‘Tou na rua, nada muda me’mo c’a conta a crescer (Não-não)
Se eu ’tou numa, ela nua chega e faz acontecer (Yau)
Faço uma, fumo a bula, nem há muito mais a dizer
Faço uma, fumo a bula, não há muito p’ra fazer
‘Tou na rua, nada muda me’mo c’a conta a crescer (Não-não)
E se eu ’tou numa, ela nua chega e faz acontecer (Yau)
Faço uma, fumo a bula, nem há muito mais a dizer
Boy, eu ’tou na via em direção à zona com três malucas num BM (Yau)
200 mil euros num carro, foi pago c’a guita da net
Não canto por moda, mas se agora é moda tu manda mas é o meu cheque
Prog concorda, tu bate-me as notas pa’ eu bater pé no concerto
Eu não onstento, não é falsa fama, então vou-te dar o papo reto
Queres uma hora do meu tempo, são 30 mil, não canto por menos
Eu ’tou cá aos anos, quantos vieram? Quanto já foram? Só [?]
Há vedetas, mas eu quero é que as vedetas se fodam
Que eu canto, paga-me as contas
[Que inventas?] vai-te vendendo, a tua vida não é o que mostras
Mas a minha vida é aquilo que eu vendo
E com 30 nas costas, agora sou um visionário
Escrevo o que vivo, não escrevo o que gostas
Já não há respostas pa’ otários
‘Tou noutra frequência, uns 10 anos nas tendências
Tudo assinado c’a nossa Altafonte
Tu mete um milhão na minha caneta, motherfucka
Quero é que sa foda se és tu que falas
Quero é que sa foda se és tu que falas
Ouve um conselho, cuidado c’a fome
Que agora na zona só se come balas (Yha)
Faço uma, fumo a bula, não há muito p’ra fazer
‘Tou na rua, nada muda me’mo c’a conta a crescer
Se eu ’tou numa, ela nua chega e faz acontecer
Faço uma, fumo a bula, nem há muito mais a dizer
Faço uma, fumo a bula, não há muito p’ra fazer (Yau)
‘Tou na rua, nada muda me’mo c’a conta a crescer
E se eu ’tou numa, ela nua chega e faz acontecer
Faço uma, fumo a bula, nem há muito mais a dizer
Yau, e esta é p’ós rappers d’agora que me’mo na merda só querem paleta
Não tem nada pa’ comer em casa, cara tapada não faz de ti gangsta
Hum, tu age mas pensa, faz a abusa mas usa a cabeça
Vida é confusa mas vale a senteça, é pa’ homens, viemos da selva
Se a minha Glock dispara, só para no Paraná
Eu ouvi o Snake, eu sei o que a cana dá
Eu nasci nos anos 90, sou do tempo do [chula?]
Tu pula, tu pula, pula já
Senhor, minha cota, minha Bruna, meu sangue fiel
Ninguém nos agarra, o mundo é nosso, nasci com brilho
Sou pai e sou filho, sou o homem da casa (Hey)
Vida de barão, chamem-me patrão
Números não mentem, não gostas? Respeita
E a minha ostentação, barriga cheia na hora da deita
Porque a minha casa era uma barracão, ando sozinho mas tenho um ceita
Atrás do meu sonho, cheguei aos 30, e disse: “Velha, tenho a vida feita”
Faço uma, fumo a bula, não há muito p’ra fazer
‘Tou na rua, nada muda me’mo c’a conta a crescer
E se eu ’tou numa, ela nua chega e faz acontecer
Faço uma, fumo a bula, nem há muito mais a dizer
Faço uma, fumo a bula, não há muito p’ra fazer
‘Tou na rua, nada muda me’mo c’a conta a crescer
E se eu ’tou numa, ela nua chega e faz acontecer
Faço uma, fumo a bula, nem há muito mais a dizer
Piruka – Sinais [LETRA]
E então boa noite, o meu nome é André
Se os teus olhos falam que digam o teu nome, qual é?
Sou louco, não minto, perfeito? Jamais
Eu tenho a carne rasgada, no corpo eu trago sinais
Que luto comigo me’mo, ao espelho é domingo [temo?]
Foquei-me no que não importa, só tenho perdido tempo
E então boa noite, o meu nome é André
Se os teus olhos falam que digam o teu sonho, qual é?
Não é pouco, não minto que eu quero o mundo nos pés
Hoje somos adultos e a nossa família cresce
Mas, hm-hm, agora vou ser ordinário
Que essa fama é uma puta e deita-se com toda a gente
E sou homem e assumo a culpa
Ela quis a minha cara, eu ’tava na linha da frente
Mas é até que se farte e ela diga: “Próximo”
Por isso meu tropa, rap é negócio
Até que me enterrem e me torne um fóssil
Dizem que em miúdo eu era mais dócil
E alguém me disse: “Bate o pé na porta, prega a tua missa
Que é a tua mission, vive a tua vida e ajuda a cota”
E então boa noite, o meu nome é André
Se os teus olhos falam que digam o teu medo, qual é?
São tantos, e eu tento que a tinta pinte o que é belo
Eu tenho medo do needle que meto a mente ao caderno
O que eu sinto? Medo a arder no inferno
Tenho receio de ter o que eu quero
Fiz o meu trabalho sem sorte, é me’mo morto o meu nome é eterno
E então boa noite, o meu nome é André
Já te disse quem sou e agora diz-me quem és
E então boa noite, o meu nome é André
Se os teus olhos falam que digam o teu nome, qual é?