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Reportagem | The Black Mamba no Olga Cadaval

Pelas 23:30 de sábado, dia 27 de março de 2015, o palco do maior auditório do Centro Olga Cadaval em Sintra estava repleto com Pedro Tatanka, Miguel Araújo, Kika (a vencedora da segunda edição do Fator X) e Boss AC juntamente com uma mão cheia de músicos e um público em êxtase de pé rendidos depois de uma maratona de Rock.

Tudo começara hora e meia antes quando o público ainda tímido ia entrando no Olga Cadaval para o concerto cheio de convidados que os Black Mamba tinham anunciado. Nem a ausência de última hora de Rui Veloso conseguiu estragar uma autêntica festa que tem Pedro Tatanka como anfitrião. E que anfitrião! O homem não pára, enchendo o palco não só com as suas movimentações, mas com as suas expressões típicas de Rock’n’Roll como “Nice and easy”, “Alrights”, “This is a f*****’ party” ou o obrigatório “Pleeeeease” que pontua o fim de cada frase.

Os momentos altos foram muitos, já que a interação com o público foi constante, e a hora e meia de concerto pareceu no fim ter voado num ápice. À quinta composição “Red Dress” já o público saltara das cadeiras e assim ficou com a chegada de Miguel Araújo que começou por interpretar “Darkest hour”, anunciado como “Fadinho das arábias”, que com as suas harmonias num dueto anglo lusitano, conquistou todos os presentes. Já com a composição de Araújo “Cartório”, o sentimento tomou conta da sala. Pouco depois era o riff blues bem à maneira de “Under your skin” que contou com muitas palmas, antes do vocalista se juntar à bateria para um solo a condizer. “Everybody stand up” é o mote para “Wild” que mais parece um grande clássico dos anos 70 de Elton John, enquanto que em “I’ll meet you there” é chamada ao palco a fã Teresa que depois de ter sido vista no “youtube” a cantarolar a composição, foi convidada a fazer um dueto com o seu ídolo.”Wonder why” é anunciada por Tatanka como o hit que “passou o Verão a dar non stop em Ibiza” e para interpretar com ele é convidada Kika que sublimemente chega aos agudos mais difíceis que a composição exige.

Tempo para uma pequena pausa e o regresso ao palco com “It ain’t you” durante o qual chama ao palco o seu road manager Fernando Piçarra, o “tipo mais polite” que é desafiado a solar um Blues como nos velhos tempos das aulas de guitarra em Mem Martins. “Save my day” foi antecedida da chamada ao palco do “manda chuva” AC que estava calmamente a ver o concerto na primeira fila quando foi convocado para substituir o veterano Rui Veloso que não pode comparecer. “Boa vibe” encheu assim a sala com um R’n’B improvável entre um Rocker e um Rapper. Pouco depois todos os músicos que tinham pisado o palco eram convidados a regressar e juntos interpretaram “Soul people” com uma audiência em êxtase. Tatanka, líder carismático dos Black Mamba, agradece então ao público que depois de ter visto o arranque da digressão no auditório mais pequeno do mesmo complexo, os recebe um ano depois em apoteose na sala nobre.

A noite não termina sem a foto da praxe com músicos em pose de artista e o público a acenar na audiência para recordar uma grande noite de Rock, Soul e Blues em que os Black Mamba mais uma vez confirmaram porque são um caso sério de sucesso na música Portuguesa.

Texto: Pedro Pico
Fotos: Anabela Santos
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