Os Innocent Greed são uma banda que já tem a sua história: doze anos de vida, e um vasto repertório de canções para os contar.  Neste sábado mostraram mais um pouco de si aos que quiseram parar para os escutar nas ruas de Braga.

Com algum atraso relativamente à hora prevista, o quinteto apresentou-se no Largo de S. João do Souto, em frente às Frigideiras do Cantinho – uma das pastelarias mais emblemáticas de Braga. Apesar de ainda não ter nenhum trabalho de estúdio, a banda interpretou vários originais quer em português quer em inglês.

 Logo no terceiro tema, Loudless Word, o vocalista mostrou-se surpreendido pela audiência e incentivou o público a bater palmas. Os temas Quem Sabe, Nameless e Silêncio do Tempo foram dos mais cantados, principalmente por um grupo que se adivinhava já ser conhecedor da banda e do seu trabalho. Com cada vez mais gente a encher o espaço, o grupo mostra-se satisfeito e continua com uma das suas melhores músicas: a poderosa Stop and Go.

É sempre um momento emocionante ouvir o corpo instrumental da banda: possuidores de uma sonoridade vincadamente rock com apontamentos específicos de grunge, fizeram estremecer até as pedras da calçada, demonstrando uma segurança e experiência que não está ao alcance de todos.

Já o frontman, João Ferreira – detentor de um suporte vocal grave e amplo, variando entre o suave até o mais ácido e rouco ( principalmente nos refrões) -completou o quadro, fazendo o conjunto, por vezes, lembrar o carisma e força de nomes como Bush ou Alice in Chains, imprimindo a alma necessária para espelhar a mensagem dos Innocent Greed.

Mensagem essa que terminou com o tema Revolution, que tem a letra mais forte e interventiva de todas, com o vocalista munido de um megafone a perguntar: Está aí alguém? Bastava olhar à volta para as dezenas de pessoas que nem era preciso responder. Estavam sim, e muito satisfeitos.

Créditos fotográficos e de vídeo: Made In Portugal e Carolina Fonte