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Reportagem: José Cid enamora Coliseu do Porto no Dia dos Namorados

Nem a forte chuva dos últimos dias impediu que o Coliseu do Porto se enchesse, num dia dos namorados que prometia ser inesquecível.
Às 22 horas, José Cid entra nem palco, e as primeiras notas em piano de “Não Sei Viver Sem Ti” são ouvidas. “Romântico Mas Não Trôpego”, “Lobos e Andorinhas” e “Se Eu Fizesse Amor Contigo” seguêm-se como aquecimento para a voz de 3500 pessoas. “20 Anos” não precisa de introdução, aqui a voz de milhares de pessoas juntam-se à de José Cid desde o início.
Ao contrário dos avisos que o Coliseu nos dá sobre a proibição de máquinas fotográficas ou de filmar, ao ouvir-se em uníssono o tão conhecido refrão “Vem viver a vida amor/ Que o tempo que passou não volta não/ Sonhos que o tempo apagou/Mas para nós ficou esta canção”, José Cid convida todos a tirarem “os telemóveis e filmar este belíssimo coro que aqui têm para logo, quando chegarem a casa, partilharem no facebook que estiveram aqui com 10000 pessoas. Podem mentir! É para isso  que o facebook serve!”.

José Cid ofereceu um concerto marcado por músicas que, apesar de quase 60 anos de carreira, ainda estão atuais, quando vemos pessoas de todas as idades a brindarem com a sua voz e performance. Brinda-nos então, com “Madrugada na Praia”, “Adios, Adieu, Auf Wiedersehen, Goodbye” e “No Dia em Que  o Rei Fez Anos”.
O Coliseu já não se aguentava sentado, já eram muitos aqueles que não resistiram à tentação de se levantarem para darem um pézinho de dança, até que José Cid diz que ‘nasceu p’ra música’ e, mais uma vez, o coliseu juntou-se a este artista num coro magnífico, e um carinho enorme. Mais tarde, e depois de imensos êxitos como “Caí Neve em NY” e a sua versão inglesa, “El Rei D. Sebastião”, “Coração de Papelão”, “Lobo Mau” e “Mais Um Dia”, o artista vimaranense, José Perdigão sobe ao palco para nos presentear com “o álbum mais original da música popular portuguesa”, segundo as palavras de Cid. Aqui os dois juntam-se durante várias músicas do seu álbum, “Sons Ibéricos”.

Já na recta final deste concerto cheio de música, êxitos, risos e histórias, que não cabem apenas em 3 horas de espetáculo, começam a soar as últimas músicas, “Menino Prodígio”, “Ontem, Hoje e Amanhã”, “A Anita Não é Bonita”, “A Pouco e Pouco” e “Como o macaco gosta de banana”.
José Cid despede-se e o público pede mais uma. O público pede, o artista dá! Zé Perdigão volta a palco para o encore final com “20 Anos”. Miúdos e graúdos cantam e dançam ao som desta belíssima música. Manifestações de carinho entre o artista e a plateia. Uma voz gigante do lado de lá, um carinho e respeito enorme do lado de cá. Este senhor, depois de quase 60 anos de carreira, ainda levanta multidões com a sua voz, acabando assim a noite com uma belíssima ovação de pé.

“Mas este miúdo com três anos toca piano e canta? Isto não é possível, é um menino prodígio”, palavras dospais de José Cid que deram origem à sua música biográfica “Menino Prodígio”, no novo álbum que deverá estar nas bancas em Maio, deste mesmo ano!

Reportagem por: Daniela Filipa
 
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