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Reportagem | Júlio Pereira apresentou “Cavaquinho.Pt” no Auditório Carlos Paredes

Júlio Pereira apresentou no passado sábado – 26 de Abril – o seu mais recente disco “Cavaquinho.Pt” no Auditório Carlos Paredes, na freguesia de Benfica, em Lisboa.
Foram cerca de 90 minutos de boa música e muita animação, em sala esgotada.

Júlio Pereira iniciou o espectáculo que muito agradou a todos os presentes, com o tema “Pulga Saltitante”, seguido de “Ler Devagar”, um tema dedicado a uma Livraria de Lisboa com o mesmo nome actualmente situada no Lx Factory, convidando também todos os presentes a visitá-la.

Entre os diversos temas, sempre aplaudidos com ânimo pelo público, o músico conta uma ou outra história, como a de apenas ter começado a “achar graça” ao Fado quando ouviu na voz de Carlos do Carmo, ou a de, em pequeno, ter que acordar às 6 da manhã para ir para a escola e de esse ser o principal motivo de não gostar desse tempo, nem do despertador, “esse objecto irritante”, tendo decidido criar um tema inspirado nesse objecto, de forma a tentar “tornar a coisa mais agradável”. Seguiu-se o tema “Amanhecer”, antes do qual fez questão de referir não gostar do título devido à questão do despertador também.

Sempre acompanhado pelos músicos André Pontífice no violoncelo, Miguel Veras na viola e Luís Peixoto no bouzouki, Júlio Pereira tocou ainda o tema “Venham mais cinco” de Zeca Afonso, no qual pediu ao público para cantarolar a parte “Tiriririri buririririri, Tiriririri paraburibaie”, referindo no final que o público estava aprovado para coro.
Já no que diz respeito às palmas ritmadas durante alguns temas, Júlio colocou todo o público a rir ao repetir em tom de brincadeira por diversas vezes que não tinham jeito para palmas.

De entre os temas do mais recente disco “Cavaquinho.Pt” foi possível ainda ouvir temas como “Laranxa” e  “Quadriga de Lisboa”. De discos anteriores, “Senhora de Almortão” do disco “Cadoi” e o tema “Celtibera” do disco “Os 7 Instrumentos”, antes do qual Júlio explicou que não deviam chamar-se temas, mas sim peças, tal como insistia o seu professor e a maioria dos professores de música. Disse tratar-se de uma amostra de uma peça e, dado não ter presente em palco percussão pediu mais uma vez a colaboração do público com palmas, e disse ser “a última oportunidade” para baterem palmas como deve ser, o que mais uma vez gerou riso por parte do público.

Em suma, foi um concerto muito animado, tanto pela energia e dinamismo das execuções em palco, como pela interacção do músico com o público; e que culminou com um ‘encore’ não programado em alinhamento e do qual fizeram parte os temas “Não vás ao mar Toino” e “Terra do bravo” do disco “Cavaquinho” editado em 1981.

Texto e fotos: Márcia Filipa Moura
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