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Reportagem Live Freedom | Sérgio Godinho, Luísa Sobral e Batida deram voz aos direitos humanos

Na passada terça-feira (10 de dezembro), Dia Internacional dos Direitos Humanos, realizou-se no Teatro Tivoli BBVA a segunda edição de “Live Freedom II”. Um evento que contou com Sérgio Godinho, Luísa Sobral e Batida, que atuaram em defesa dos direitos humanos, integrados na “Maratona de Cartas”.

Cada artista apoiava um caso em particular:

» Sérgio Godinho apadrinhou a causa do jornalista Eskinder Nega, condenado a 18 anos de cadeia por criticar o governo do seu país, a Etiópia;

» Luísa Sobral apoiou a causa de um senhor que sofreu de maus tratos, por ser homossexual e ativista numa organização;

» Batida apoiaram o caso de um rapaz angolano que foi preso,  por ter usado uma t-shirt com uma frase que não agradou a ‘olhos de superiores’. O jovem “lutou” fazendo greve de fome e só foi libertado quando a Amnistia Internacional (AI) atuou.

A apresentação do evento esteve a cargo de Nuno Markl e Vasco Palmeirim.

Sérgio Godinho foi o primeiro a atuar, sendo que a sua música era a que mais enquadrava na ideologia do evento.
O conceituado músico começou a sua atuação com o tema “Bomba Relógio”, do álbum “Mútuo Consentimento”, seguindo-se o tema “Acesso Bloqueado”, deste mesmo disco editado em 2011, ao qual o cantor associou à situação atual do País.
Na sua atuação de meia hora interpretou ainda “Espalhem a notícia”, “Liberdade”, “Quatro Quadras Soltas” e o tema “Os Vampiros”, tema de Zeca Afonso, que faz parte do último disco de Sérgio Godinho “Caríssimas Canções”. Este tema teve grande reação por parte do público, devido à sua forte mensagem.
A atuação terminou com o belíssimo tema “Primeiro dia”.

Seguiu-se a voz doce e talentosa de Luísa Sobral que inicia a sua atuação com uma versão acapella do tema “Blowin in the Wind” de Bob Dylan.
Já com a banda em palco a jovem cantora avançou para a interpretação dos seus temas “I Was In Paris Today”, “Not There Yet” e “The cherry on my cake”. De gorro de natal na cabeça a cantora interpretou um tema de natal da sua autoria e terminou com “Xico”, segundo ela interpreta sempre este tema no final, para as pessoas não se irem embora… e apesar de ser dia da semana, as pessoas iam resistindo até à última atuação da noite, os Batida.

Os Batida revolucionaram o palco e a sala… aos sons africanos houve muita dança.
Em palco esteve o rapper Iconoclasta, que habitualmente colabora com os Batida, e que chegou a ser agredido e detido por se manifestar contra o governo angolano.
“Bazuca”, “Cuka”, “Kamicasio” e “Alegria” foram os temas interpretados e dançados pelos Batida.
No último tema da noite “Alegria” os Batida distribuíram apitos pela plateia e foi sem dúvida um momento de alegria com o público a invadir o palco e a dançar com o grupo.

De referir que no intervalo entre cada concerto eram transmitidas imagens e relatos em que a AI tem intervindo. Imagens por vezes chocantes que denunciavam e… denunciam a violação de direitos humanos.

Foi uma noite onde a música foi (e é!) a voz dos direitos humanos.

Quem se quiser juntar à iniciativa «Maratona de Cartas». que decorre de 6 a 17 de Dezembro, pode fazê-lo através do site oficial da Amnistia Internacional: www.amnistia-internacional.pt

A Maratona de Cartas é uma iniciativa global da Amnistia Internacional que anualmente visa promover o envio massivo de cartas e postais por ativistas de todo o mundo para as autoridades de diversos países, em protesto contra as violações de direitos humanos. Em Portugal, 42 mil pessoas deram a sua assinatura para esta grande causa no ano passado.

Mais fotos em: facebook.com/media/live-freedom

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