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Reportagem | Miguel Ângelo estreia ‘Segundo’ no Chiado

No dia 18 de Abril de 2015 foi posta à venda a única edição física do disco “Segundo” de Miguel Ângelo no formato vinil, precisamente no dia em que a loja celebra em Portugal o “Record Store Day”, iniciativa internacional de promoção às lojas que vendem vinis e edições de colecionador.

O artista português que conta com mais de 30 anos de carreira, popularizado como cantor e compositor dos Delfins, subiu ao palco com uma banda em formato quinteto (bateria, baixo, guitarra elétrica, guitarra acústica de doze cordas e voz/guitarra), abrindo com um informal “Com licença”, o instrumental do novo disco “Segundo”. Seguiu-se “A hora certa”, onde sobressaem os sons das doze cordas e a Brit Pop da guitarra que tem a Union Jack desenhada no seu corpo e que nos faz visualizar a bandeira do reino de sua majestade.
“Anda lá”, o segundo single já lançado em 2014, é então entoado, seguindo-se uma apresentação da banda que precedeu a cheia de ritmo “Volta a dar”, que a título de curiosidade Miguel revelou ser conhecida pelos músicos como “tinoni”.

O músico, sempre muito comunicativo, anuncia então que o disco inclui um fado que se diz do fim do mundo (tema “Fado do fim do mundo”), interpretado com toda a emoção exigida por este estilo tão Português. Sempre com a guitarra elétrica em punho, Miguel desfila o single de 2015, “O vento mudou”, interpretado a solo (ao passo que no disco é um dueto com Eduardo Nascimento) mas com os novos arranjos que se encontram imortalizados no novo registo discográfico.

“Dois estranhos” encerra o pequeno set de apresentação de “Segundo” com a sua alegria e coros que fazem os presentes trautear. Os solos finais das guitarras com sons tão distintos como o das doze cordas e a elétrica fazem cair o pano a que se segue apenas os sentidos “Obrigado” e “Boa noite”.

Com este espetáculo é notória a presença das guitarras que dominam toda a sonoridade do disco. Os sete temas apresentados, todos pertencentes a “Segundo”, provaram ter estofo para se aguentarem ao vivo ao lado dos êxitos de sempre na digressão que se segue por vários auditórios do país. Este pode apenas ser o “Segundo” passo para a nova carreira a solo de Miguel Ângelo, mas para quem já tem tantos anos na música Portuguesa, é bom ouvir estes novos temas de Pop simples mas eficaz, capazes de cativar todos aqueles que se habituaram à voz que eternizou tantos clássicos da música Portuguesa.

Texto e fotos: Pedro Pico

 

 

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