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Reportagem | Tony Carreira esgota Pavilhão Atlântico com espetáculo sublime de 25 anos de canções
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Para comemorar os seus 25 anos de canções, Tony Carreira apresentou-se em 2013 por duas noites seguidas na maior sala de espetáculos em Portugal: o Pavilhão Atlântico. A primeira noite ocorreu a 22 de Março, verificando-se uma enchente na sala Lisboeta.

Munido de uma banda com mais de 50 músicos e uma produção que faz corar de inveja muitas bandas de êxito mundial, o mais carismático dos cantores românticos Portugueses, como foi apelidado por um dos seus convidados, mostrou-se extremamente comunicativo e com uma leveza de quem domina a arte do entretenimento.
Com um público em êxtase, que acompanha com palmas e acenos, o cantor é o próprio a incentivar a participação, deixando a multidão entoar sozinha o temas como “Depois de Ti.”Acompanhado de dois guitarristas na passadeira que rodeia os fãs das primeiras filas, oferece temas acústicos que conferem um ambiente mais intimista ao espetáculo. Mais tarde o cantor caminha numa plataforma sobre os fãs até ao fundo do pavilhão. Os cinco ecrãs gigantes com projeções em alta definição filmados por operadores estrategicamente colocados ou câmaras que sobrevoam a audiência são apenas alguns dos elementos da produção que se destacam num cenário de LEDs e uma passadeira frequentemente pisada pelo cantor.

Mas a noite era especial e como se a mega produção não bastasse, subiram ao palco convidados que acompanharam o cantor em duetos emocionantes. O primeiro deles foi Ricardo Landum, compositor maior da música ligeira Portuguesa, proporcionou um momento emocionante que revelou a cumplicidade entre os dois amigos e o carinho do seu público. Mais tarde, foi a vez de Maria Ilieva, cantora Búlgara que com um Português esforçado demonstrou a sua de voz celestial no tema “O 1º Grande Amor”. Finalmente a própria filha do cantor, Sara de 14 anos, subiu ao palco e numa interpretação cheia de ternura pai e filha brindaram a audiência com “Hoje Menina, Amanha uma Mulher”.

A noite não terminou sem que os músicos fossem devidamente apresentados, tendo espaço para exibir os seus dotes com interpretações de temas bem conhecidos do público como “Ser Benfiquista”, “Mariquinha” ou “Amor de Água Fresca”. A orquestra, exclusivamente composta por elementos do sexo feminino, não foi esquecida e até a usual fraca acústica do local se rendeu e ofereceu um som cristalino a todos os presentes.

Quanto aos Fãs, foram incansáveis, não dando uso às cadeiras da plateia, e foi o próprio Tony que brincou com o facto da maioria dos seus fãs ser do sexo feminino, desafiando os homens que foram arrastados a pronunciarem-se sem que obtivesse grande resposta. Nas suas palavras “Porque o público feminino tráz mais emoção e sem dúvida é mais agradável de ver do que homens de bigode”. Assim, o tema “Eu Sem Ti” é dedicado às mulheres, com o qual se despede com músicos adicionais a subirem ao palco para darem mais ritmo à plateia com os seus tambores.

No entanto o público não se rendeu e chamou o cantor de volta. O regresso deu-se com um bailado de inspiração Sevilhana que conferiu um ritmo de Nuestros Hermanos ao espetáculo. O cantor voltou ao palco com “Este Sabor a Ti” e, quase exclusivamente na passadeira, despede-se do seu público que ilumina com telemóveis e lâmpadas florescentes enquanto se ouvem “Cantor de Sonhos” e “A Vida Que Eu Escolhi”.

Esta foi a décima primeira vez que o artista pisou o Pavilhão Atlântico, conferindo-lhe o record de artista com mais presenças na sala Lisboeta. E para quem assiste é fácil compreender o tamanho do êxito. O artista que confessa “Quanto mais percorro o mundo, mais dou valor e mais me apercebo de que este e o melhor público que existe”, consegue reunir gerações e quer os mais novos, quer os que acompanham o cantor há mais tempo, cantam cada palavra com a emotividade de quem a sente profundamente. A atitude esforçada, confiante e o sorriso constante dão toque subtil de reciprocidade que faz todos aqueles que o vêm regressar ano após ano, disco após disco. Depois de mais de duas horas de concerto fica o agradecimento a todos os presentes por o terem transformado no verdadeiro “Cantor de Sonhos”.

Texto: Pedro Pico
Fotos: Anabela Santos
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