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Reportagem | Versos de Amália homenageados por Amélia Muge

Pouco passava das 21:30h, quando Amélia Muge subiu ao palco do grande auditório da Culturgest na passada noite de 23 de Janeiro, acompanhada por António Pinto (guitarras acústicas, eléctrica e braguesa), Catarina Anacleto (violoncelo e voz), Daniel Salomé (clarinetes, saxofones e flauta), Ivo Costa (percussão), Manuel Maio (violino, bandolim e voz), e um dos convidados especiais, António Quintino (contrabaixo).

“A Lua” deu início ao concerto de Amélia. Seguiram-se “Tenho dois corações”, “Ai de mim que me perdi” e “Sou filha das ervas”, antes de Amélia lembrar “Periplus – Deambulações Luso Gregas”, um álbum que gravou com o grego Michales Loukovikas, com os temas “Os teus lindos olhos pretos” e “O tempo dantes corria”.
A segunda convidada, Carisa Marcelino foi então chamada ao palco, para acompanhar dois temas com o seu acordeão.

Entre temas mais sérios e emocionantes e outros mais animados e enérgicos, Amélia Muge mostrou que “o anjo da poesia desceu esta noite”, em cada verso que cantava.

“Estes versos fazem-me falta”, disse Amélia emocionada, antes de interpretar a solo “A Lágrima”, de Amália Rodrigues, não sem antes explicar: “Que me perdoem os mais puristas, mas… Esta é a minha forma de ouvir ‘A Lágrima’ de Amália”.

Termina com um “Obrigada Amália!“, sentido e de voz embargada, sendo aclamada com uma imensidão de aplausos que parecia não mais parar. E foi também emocionada que agradeceu a todos os que tornaram este concerto possível, desde técnicos de som, de luzes, promotores, apoios.
“Faz-me pena” antecede o ‘encore’, no qual Muge agradece a todos pela presença e termina oferecendo a todos mais um tema.

Um belíssimo concerto, conotado por diversas pessoas à saída como “diferente”, e de “estilo muito próprio”. No qual, vários estilos de música têm o seu espaço. A música e a fusão de sonoridades une-se às palavras delicadamente selecionadas.

Por fim, dizer que Amélia Muge pode não ser fadista, mas em muito tem contribuído… que Amélia Muge pode não ser fadista, mas em muito tem contribuído para o fado, através da sua veia compositora, e o seu novo álbum “Amélia com Versos de Amália”, é mais uma bonita homenagem à eterna diva Amália Rodrigues.

Texto: Márcia Filipa Moura
Foto: Culturgest
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