Rita Onofre foi seleccionada como autora do Festival da Canção, através da livre submissão de canções. Irá apresentar o tema “Criatura” na segunda semifinal, este sábado.
Rita Onofre é o nome da artista e compositora de 27 anos, nascida em Oeiras, para quem uma vida a fazer música foi uma certeza desde cedo. Pegou na guitarra aos 10 anos por influência do pai que descodificou a guitarra intuitivamente. Aos 12 começou a escrever as primeiras canções e a ter formação em guitarra com o professor e cantautor Ricardo Reis Pinto. Aos 15 anos ingressa no curso profissional de Produção e Tecnologias da Música da Escola Profissional de Imagem da ETIC, terminando com um estágio nos estúdios Groove Farm em Roma, Itália.
Rita Onofre teve as primeiras aulas de voz com Joana Espadinha, onde abriu horizontes e percebeu que é na Escola de Jazz Luiz Villas-Boas que deve continuar o seu caminho. Encontra inspiração e novos horizontes no curso de Estudos Artísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa que terminou em Janeiro de 2020.
Aos 16 anos começou com SEASE, banda de indie pop com Choro e Gonçalo Vasconcelos com quem pisou os primeiros palcos e entrou na rádio nacional underground (Vodafone, Antena 3, Oxigénio, TSF).
Durante a pandemia começou a editar, em nome próprio, canções em português. “Haja Sempre” (2020) foi o primeiro single seguido de outros que foram integrados em duas colectâneas: “Ao Pé de Mim” nos Inéditos Vodafone 2020 e “À Porta” nos Novos Talentos Fnac 2021. A boa receptividade e o apoio das rádios nacionais foram parte da motivação para lançar o primeiro EP “Raiz”, em 2021.
Em Fevereiro de 2023 lançou o primeiro álbum “hipersensível”; são dez canções hipersensíveis, da lírica aos arranjos, das vozes às confissões.
Rita Onofre – Criatura [LETRA]
Vê-se bem ao longe de cara rosada
Ela é só cabelo, sorriso decente, tão bem comportada
Sem interromper o mundo à volta
Volta sem nunca parar (volta, volta)
Se encontra um colo, fica descansada
O tempo parou, já não sente medo, vergonha de nada
Acordar é duro p’ra quem sempre sente o caos, Deus nuclear
Criatura, quando crias, a crença se desfaz, se desfaz
Aya, ayayaya, ayayayayaya, yayayaya
Ayayaya, ayayayayaya, yayayaya
Docemente, quer ver tanto mar
Sem farol, mas com fé de encontrar
Quem se sente em tudo o que tocar, é tanto mar
Sente o mundo inteiro de dentro de casa
Uma dor que vem, não sabe de onde, não sabe se passa
E dormir é duro p’ra quem sempre sente o caos, Deus nuclear
Criatura, quando crias, a crença se desfaz, se desfaz
E na dúvida, respira, que o vento vem atrás, se desfaz
Aya, ayayaya, ayayayayaya, yayayaya
Ayayaya, ayayayayaya, yayayaya
Ayayaya, ayayayayaya, yayayaya
Ayayaya, ayayayayaya, yayayaya