“Mais Um” é o nome do novo disco de S. Pedro, que será apresentado ao vivo, este domingo, dia 29 de setembro, na Casa da Música no Porto.
Pedro Pode, ou S. Pedro, canta-nos pequenas histórias, invariavelmente atravessadas por uma ponta de ironia e humor, mas sempre com princípio, meio e fim. E olha a meios para chegar a finais felizes.
Como diz em “Apanhar Sol”, o single que lançou no verão de 2018, «tens de ir lá mexer, tens de ir lá tocar». O contacto e os olhos nos olhos ao invés da mediação digital e do ecrã como espelho fosco da alma, no fundo, o conhecimento adquirido pela prática, pela tentativa e erro, é uma das temáticas caras a S. Pedro. «O mundo é onde eu calcar o chão», ouve-se em “Mundo”. E até mesmo num outro mundo, na incursão sci-fi (X-Files encontram-se com “Era uma vez o espaço”), há que «confirmar as tretas sobre o espaço que há tanto tempo» ouve. No fundo, aconselha a meter as mãos à massa, à obra, à vida, não protelar nem fugir ao amor, nem à realidade com que somos confrontados. Em “Todos os meus amigos” faz-se esse elogio da normalidade, envolto em crítica mordaz, com balanço soalheiro e alegre, e já o imaginamos a discorrer sobre a temática em modo churrasco e jola. Com os amigos, naturalmente. Em “Música do outro”, reforça o seu código de vida apontando o dedo à música enquanto mero entretenimento e produto pré-fabricado, ao invés de forma de expressão e veículo de mudança.
“Passarinhos” é o mais recente single do novo disco.
Sobre o disco, S. Pedro refere «Este foi mais um disco que escrevi. Cá em casa também me apareceu mais um a comer à mesa e no fundo eu também sou mais um à procura de um lugar ao sol.
“O FIM”, o disco anterior, ajudou-me a perceber o que é que eu pretendia com a música e que postura deveria assumir enquanto compositor e intérprete. Aprendi a gostar da consistência e do método. Apercebi-me que nem tudo tem de ser espectacular e que não pode valer tudo. Há um percurso a percorrer. E quando começo a achar que o percurso já está a ser longo demais, penso naquela frase que o pessoal costuma usar nas redes sociais “O que interessa é a viagem”. Eu estou nessa viagem e está a ser fixe.
De um ponto de vista mais técnico, tentei fazer com que o “MAIS UM” fosse um segundo disco como manda a lei, ou seja, mais coerente e com uma personalidade mais definida. É um disco que funciona em grandes palcos mas também funciona só com uma viola à fogueira».
ALINHAMENTO DE “MAIS UM”
- AMAMANHÃ
- PASSARINHOS
- MÚSICA DO OUTRO
- APANHAR SOL
- ATENDE
- O MUNDO
- TODOS OS MEUS AMIGOS
- ESTRELAS E COMETAS
- SORTE
- FALA-ME AO OUVIDO
- A1