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Sérgio Godinho apresenta “Caríssimas Canções” no CCB

Sérgio Godinho apresenta “Caríssimas Canções” – com Hélder Gonçalves, Manuela Azevedo e Nuno Rafael
Centro Cultural de Belém dia 31 de Maio e Casa da Música dia 15 de Junho


A história de “Caríssimas Canções” está intimamente ligada à edição em 2012 pela Abysmo de “40 Caríssimas Canções – Sérgio Godinho & As Canções dos Outros”, o livro que compilou as crónicas publicadas semanalmente no Expresso, em que o “escritor de canções” revia os temas, intérpretes e autores que, de uma forma ou outra, marcaram a sua vida e o seu percurso artístico – “diálogos quase epistolares com essas quarenta pequenas entidades, canções prediletas, canções intrigantes, desafiantes, inesperadas formas de exprimir conteúdos, energias vitais porque criativas, e criativas porque vitais”, refere Sérgio Godinho na introdução do livro.

A chegada a palco deste “Caríssimas Canções” não estaria nos planos iniciais de Sérgio Godinho. Não que “as canções dos outros” não tenham estado presentes na carreira de Sérgio, nas parcerias, nas inúmeras colaborações ou, como por vezes diz, nas “trocas”… mas, efetivamente, essa intenção não esteve presente na génese da visita às “caríssimas canções”. No entanto e a propósito do convite efetuado pelo CCB para a realização de uma apresentação inserida no conceito “Carta Branca a…”, o clique foi imediato – este seria o momento certo e adequado para uma evocação dinâmica àquele repertório.

“Para mim, vão-se cumprir vários desejos neste concerto. Um é fechar a esfera onde viveram estas canções, desde sempre o prazer de partilhá-las com as pessoas que querem ouvir. Outro é pensar sobre elas nas crónicas (outra partilha), a seguir pô-las em livro, e enfim fazê-las regressar à sua vocação primeira, a de terem um palco e um público cúmplice, quer ambos se conheçam quer não”. A extensão da apresentação de “Caríssimas Canções” ao Porto, na Casa da Música, surge como algo natural, afinal muitas destas memórias remontam ainda às suas origens.

Para esta visita às canções de outros, Sérgio Godinho não quis deixar de contar com amigos que há muito admira, também eles criadores, músicos que, talvez pela própria mão de Sérgio Godinho, chegaram a muitos dos autores e intérpretes agora evocados – Nuno Rafael, companheiro de estrada e de estúdio, director musical dos “Assessores”, a banda que habitualmente o acompanha; Hélder Gonçalves, produtor, compositor e músico do grupo Clã cujas “afinidades” remontam aos finais dos 90’s; e Manuela Azevedo, voz maior do panorama musical, também ela dos Clã, aqui na inédita função de instrumentista. Todos eles cúmplices de Sérgio Godinho nesta aventura.

As canções, serão nalguns casos as mais óbvias, porque naturais: “Os Vampiros” de Zeca Afonso, “Geni e o Zepelim” de Chico Buarque” ou “Les Vieux” de Jacques Brel, são algumas; mas também outras, menos expectáveis como “Mother’s Little Helper” de Jagger e Richards, “Sous Le Soleil Exactement” de Gainsbourg ou “Volver a los 17” de Violeta Parra; e claro, as surpresas, as que ainda que constassem nas suas crónicas, não esperaríamos ver em palco… mas essas, serão descobertas em dia de concerto.

Não serão quarenta, serão as escolhidas para essa função transformadora da sua vida no palco. E, pelo meio, cruzarei pontes para as minhas próprias canções, cantarei também algumas. Não da escolha mais óbvia, mas uma vez mais as escolhidas, e como as outras, caríssimas canções.

Excertos vídeo dos ensaios de “Caríssimas Canções”:
“Heartbreak Hotel”
“Mother’s Little Helper”
“Sampa”
“Sous Le Soleil Exactement”
“Os Vampiros”

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