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Reportagem | The Ramblers lançaram (em grande) a primeira edição do Lisbon Blues Fest
[Nota: Devido a uma questão de cariz pessoal, o autor não conseguiu publicar as fotografias e o artigo no tempo apropriado, pelo que pede desculpa aos caríssimos leitores do Made in Portugal e aos fãs e membros da banda]

 

                                                                   Galeria de Fotos do Concerto

No dia em que os portugueses saíram em rua em desfile para celebrar o 25 de Abril, em que o sol convidou a espreitar as festividades e as comemorações e num daqueles poucos feriados que ainda resistem, o Espaço TMN ao Vivo, ali encostado ao Cais do Sodré, com a brisa do Tejo a refrescar a noite, recebeu o primeiro dia do primeirissimo Lisbon Blues Fest.
Num ambiente muito familiar, amigos e conhecidos da banda que ia abrir o concerto, começaram a juntar-se por volta das 22h00 para ouvir um som que em Lisboa parece que anda escondido do grande público de há uns anos para cá. Contudo, o blues anda escondido mas não morreu e foi essa a afirmação que os The Ramblers vieram trazer ao público.

Com uma sala que podia estar mais composta, mas que nem mesmo assim se deixou desanimar e que se foi compondo ao longo do concerto, não fosse já esta uma tradição nos eventos em Portugal e ai se veria alguma surpresa, a banda surgiu animada, agradecendo aos amigos que ali se juntavam para os ouvir.
Agradecendo ainda a António Ferro, o impulsionador deste festival e um dos grandes promotores do blues em Portugal, lançaram-se ao trabalho com “I Am the Blues”, passando depois para “Cocaine”, um original da banda, depois trouxeram-nos “Double Trouble”, um tema que fez lembrar o que há no blues que faz com que ninguém lhe fique indeferente.
De seguida e antes de começar  “You Done Lost Your Good Thing Now”, Rosie, a vocalista, não pode deixar de notar que este tema tinha sido cantado e tocado na presença e para o enorme BB King, o rei do blues, aquando da sua vinda a Portugal há quatro anos no Festival de Sabrosa, algo que enche a banda de orgulho.

Os The Ramblers saberam também ir a uma onda mais groovie, puxando pelo ritmo com outro dos seus originais, “I’ve Got a Man (Been Messin’ Arround), o que não pondo o público a dançar, certamente que ajudou bater com o pé no chão e a acompanhar o tema com palmas.
De seguida, o guitarrista da banda, Ricardo, dedicou um instrumental partilhado com os seus colegas no baixo e na bateria, ao pai que estava presente e que celebrava o seu aniversário, com os temas “Hide Away” e “Rude Mood”.

Depois Rosie voltou a falar para relembrar que o tema que se seguia era o primeiro que tinham composto como banda no princípio do seu percurso, em 2005/2006, lançando-se então para “The Blues Nest”, seguindo de seguida, sem perder tempo para “Dead Man Tell No Tales”.
Por fim e já em jeito de despedida, a vocalista voltou a agradecer à organização do festival e a todos os presentes, desejando que esta seja a primeira de muitas vezes em que nos encontremos todos, algo com que claramente nos podemos identificar e desejar.

Já mesmo a puxar as últimas cordas, veio “Midnight Rambler”, o tema que deu o nome à banda, seguindo-se “She’s Allways Naked” e “Rockin’ And A-Rollin’” para fechar a actuação.
Rosie e banda agradeceram o apoio aos fãs e amigos e abriram alas para que os amadores e amantes do blues enchessem eles o palco numa Jam Session em que da harmónica, passando pela voz e por vários instrumentos se viu que há por ai muito talento escondido.

Esperemos que esta tenha sido o primeiro episódio de uma série de boas iniciativas ligadas ao blues em Lisboa e em Portugal.

Texto e Fotografias: Tiago Alves Silva

Leia a entrevista realizada à banda em Agosto de 2012 aqui: Entrevista | The Ramblers

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